Autora: Morgan Matson | Ano: 2016 | Lançamento no Brasil: sem previsão | Gênero: YA | Páginas: 464 | Sinopse: Antes de Sloane, Emily não ia a festas, ela mal falava com os rapazes e ela não fazia nenhuma loucura. Então aparece Sloane, um tornado social e o melhor tipo de melhor amiga, alguém que puxa você para fora da sua concha. Mas bem antes do que deveria ter sido um verão épico, Sloane apenas... desaparece. Nenhuma nota. Nenhuma chamada. Nenhum texto. Nenhuma Sloane. Há apenas uma lista aleatória com treze tarefas bizarras que Emily nunca iria tentar. Mas e se elas podem guiá-la até Sloane?Colher da maçãs à noite? Ok, muito fácil.
Dançar até o amanhecer? Claro. Por que não.
Beijar um estranho? Um...
Começar a fazer a lista de Sloane vai significar um monte de primeiras vezes, e com um verão inteiro à sua frente - e a ajuda inesperada do belo Frank Porter - quem sabe o que ela vai encontrar.
Vá mergulhar nua? Espera... O que?


Era uma vez Emily com Sloane. A melhor amiga da nossa protagonista é a garota perfeita. Bonita, engraçada, inteligente, autêntica, criativa, sexy. Sabe de tudo e sabe como lidar com tudo e com todos, inclusive com as diferenças entre ela e a melhor amiga, Emily. Sloane é o tipo de amiga que faz qualquer pessoa se tornar corajosa, que inspira o lado mais divertido de todo mundo. E foi isso o que ela fez com a Emily durante os dois anos em que se conheciam. Mas agora Sloane sumiu. Nem uma mensagem, nem uma ligação, nada. Não há ninguém na casa onde Sloane morava, nenhum rastro. Só uma lista. 

A lista chega depois de algumas semanas do chá de sumiço de Sloane, e Emily não consegue esconder a empolgação com o primeiro sinal da amiga depois de dias - e também a curiosidade. O que aquela lista de tarefas quer dizer? O que Sloane preparou para Emily? A garota só vai saber quando concluir todo e cada um dos itens, pois no final da lista tem dizendo "me encontre quando completar". Mas, onde? Como? É com essas perguntas em mente que Emily começa a riscar os itens da lista um por um, obedecendo às tarefas, a fim de reencontrar a melhor amiga. 

Beijar um estranho. Nadar sem roupa. Roubar algo. Quebrar algo. Penelope. Andar à cavalo. Avenida S, n 55, perguntar por Mona. O vestido costa nua, e um lugar para usá-lo. Dançar até o amanhecer. Compartilhar segredos no escuro. Abraçar um Jamie. Caçar maçãs à noite. Dormir sob as estrelas. 
É incrível. Preciso parar com a mania de criar altas expectativas para livros, porque sempre acaba em decepção. Quando paro para pensar em Since You've Been Gone, penso que li errado. Não é possível que todo mundo que eu ouvi falando do livro tenha amado, e eu me senti tão ZZzZZzz lendo. Então, será que eu li errado? 
Eu não acho que você tem que fazer algo tão grande para ser corajoso. E são as pequenas coisas que são as mais difíceis, de qualquer maneira.
A história de Emily é o tipo de história que eu gosto de ler sempre, com um ar mais leve, um romance inocente e o verão de plano de fundo. Os elementos da história são bons, mas aí me deparei com um problema sério: a chatice da personagem principal, Emily. Me sinto frustrada demais quando não gosto da personagem principal de um livro, porque a história inteira é comprometida por isso, ainda mais quando a narrativa é em primeira pessoa. Foi o mesmo problema que encontrei na Lara Jean de Para Todos os Garotos que Já Amei: ela, assim como a Emily em Since, vive às sombras de outra pessoa. Lara, a irmã, Emily, a Sloane. Foi irritante ler sobre uma personagem que queria sempre se igualar à amiga, ser tão corajosa quanto ela, ou estilosa, criativa, etc. Por vezes (muito mais de uma vez durante o livro) a Emily fala coisas como "se a Sloane tivesse aqui, ela falaria com essa pessoa, mas eu não sou a Sloane, então não sei como fazer isso". Quando na verdade, a lista da Sloane está ali para isso: fazer a Emily sair da zona de conforto. 

A personagem tem essa trajetória de descoberta e de criar sua própria imagem para sair da sombra da amiga, mas não achei que foi bem construída. Não vi a Emily evoluindo tanto assim ao final de tudo. Ela conta também com a ajuda de Frank durante o verão. Frank é o garoto exemplo da escola, está num relacionamento sério desde que se entende por gente, e é um ótimo aluno, inteligente, bonito e fã dos Beatles (tá, eu amei as referências). Frank é realmente um fofo, é o tipo de mocinho de YA mesmo, mas há um ponto que me fez entortar a cara: Frank está o livro inteiro dentro de um relacionamento, e mesmo assim nós sabemos, com absoluta certeza, que ele e Emily vão se beijar em algum ponto. E, conhecendo as tramas de livros, nós sabemos que ele ainda estará namorando quando isso acontecer. O que haveria de errado em Emily e Frank serem só amigos? O que aconteceria se tivesse outro interesse amoroso? Para mim esse foi um ponto negativo no livro. 

Mas o livro não é ruim. Eu o avaliei com 3 estrelas e meia no Skoob, caracterizando como "Bom". Para mim ele foi isso, um livro bom, que me distraiu por um tempo. Bem escrito, com algumas cenas legais, mas com problemas que não consegui deixar passar, e a falta de carisma da personagem que me incomodou e arrancou mais uma estrelinha. No entanto, recomendo para quem curte muito YA, quem amou "Para Todos os Garotos que Já Amei" vai amar Since You've Been Gone. 

Sobre o lançamento no Brasil, não sei nada sobre. Achei que seria logo lançado aqui, já que é sucesso nos EUA. Eu o li em e-book e ouvi o audiobook, que está disponível no Audible. 




Oi, gente! 

Oi, Rafa!

Como estão?

Preparados para a resenha de hoje de um livro adorável, com certeza um favorito do ano? Então vem:

Título Original: The Upside of Unrequired || Pàginas: 320 ||  Autora: Becky Albertalli || Ano: 2017 || Gênero: YA contemporâneo || Sinopse: Molly já viveu muitas paixões, mas só dentro de sua cabeça. E foi assim que, aos dezessete anos, a menina acumulou vinte e seis crushes. Embora sua irmã gêmea, Cassie, viva dizendo que ela precisa ser mais corajosa, Molly não consegue suportar a possibilidade de levar um fora. Então age com muito cuidado. Como ela diz, garotas gordas sempre têm que ser cautelosas. Tudo muda quando Cassie começa a namorar Mina, e Molly pela primeira vez tem que lidar com uma solidão implacável e sentimentos muito conflitantes. Por sorte, um dos melhores amigos de Mina é um garoto hipster, fofo e lindo, o vigésimo sétimo crush perfeito e talvez até um futuro namorado. Se Molly finalmente se arriscar e se envolver com ele, pode dar seu primeiro beijo e ainda se reaproximar da irmã. Só tem um problema, que atende pelo nome de Reid Wertheim, o garoto com quem Molly trabalha. Ele é meio esquisito. Ele gosta de Tolkien. Ele vai a feiras medievais. Ele usa tênis brancos ridículos. Molly jamais, em hipótese alguma, se apaixonaria por ele. Certo?

Quando li Simon vs a Agenda Homo Sapiens, fiquei tão apaixonada pela escrita da Becky que nem sei explicar. Tanto é que nem fiz resenha do livro, porque virou favorito, e eu não sou muito boa em fazer resenha de livro que me encanta a tal ponto. Mas com Molly eu precisava falar, não ia deixar o segundo livro da Becky passar sem lhe dar um post apropriado. 

O livro conta a história de Molly, como vemos já no título (que em inglês é The Upside of Unrequired), uma adolescente com problemas tão relacionáveis que chega até a dar um arrepio. O livro é, também, cheio de representatividade: Molly é fruto de uma enseminação, de um casal lésbico, tem uma irmã gêmea também lésbica, amigos geeks, e, o principal, é gorda. O livro trata todas essas questões com um toque de leveza sutil, não jogando na nossa cara tudo isso de forma forçada. TOMA, casal lésbico; TOMA personagem gorda; TOMA, personagem negro. PÁH, PAH, PAH. Não é assim. É de forma bem leve, como a Becky fez em "Simon", onde a homossexualidade do personagem do título é nada mais que normal dentro da história. É o que ele é, mas não é apenas o que o define. Com a Molly também é assim: ela é gorda, mas não é apenas isso que a define. 

Molly gosta de navegar no Pinterest, decorar festas, gosta também de confeitaria. Molly já teve muitas paixonites, mas nunca namorou com ninguém, e agora Molly possivelmente gosta do Will Hipster ou do Reid dos tênis brancos. Molly tem uma irmã gêmea, a Cassie, e um irmãozinho chamado Xavier. Ela trabalha numa loja e não costuma frequentar festas das "cool kids". Muitas coisas definem a Molly, não só seu peso. 

"The Upside of Unrequired" é um livro sensível, engraçado e fofo. Nos mostra a vida de uma personagem adolescente como qualquer uma de nós, com problemas com garotos, autoestima, confiança; abordando questões sexuais como a primeira vez, orgasmo ou homossexualidade, e outra grande questão na vida dos adolescentes: bebidas alcóolicas. E nenhum desses tópicos aparece no livro em cenas forçadas, carregadas de exagero e drama. A vida de ninguém é cheia de drama 24/7, e Becky acertou em simplesmente escorregar esses temas pelo livro, como se a gente tivesse ouvindo a história de alguém próximo sobre algo que aconteceu na semana passada. 

Molly é uma personagem altamente relacionável. É muito fácil se identificar com ela, com suas paranoias com o peso, a aparência, as ações. Qualquer garota que já passou por essa fase vai entender o que a Molly passa, e as garotas que estão nessa fase, ainda mais. 

O livro tem muitos opntos positivos, e um dos que mais gostei foi a evolução da Molly. Ela começa quase como (clichê, clichê) uma minhoca no casulo, e termina o livro como uma borboleta alçando vôo. Eu cmoecei o livro um pouco em dúvida se eu ia gostar da Molly, e terminei simplesmente AMANDO. 

Recomendo The Upside of Unrequired para adolescentes. Quer você goste do tema ou não: leia! Também para quem quer ler algo rápido para sair de uma ressaca, uma leitura mais fácil e leve. E, principalmente, para quem está procurando sentir o coração aquecendo no peito eu sempre.