Oi, gente! 

oi, Rafa <3

Eu não sou uma leitora que navega muito pelo campo das distopias. Nem sequer sei diferenciar a maioria delas, com exceção das mais famosas, como Jogos Vorazes, mas, me diga outra e eu sequer sei qual a trama. Enfim! Não é mesmo minha praia, e já entendi isso. Agora não me esforço mais para ler o que todo mundo está lendo, só vou mesmo para o que me interessa. E, no meio de todo esse universo de distopias adolescentes, me deparo com O Ceifador, um livro tecnicamente fora de tudo o que eu gosto. Mas que eu sempre tive um interesse escondido. Estava ali, eu só não queria dar asas. E então eu cedi à vontade e, voilá! Aqui estamos. Encontrei uma distopia que amo? Não. Mas só porque não encarei O Ceifador como distopia. Enfim, vamos à resenha.


Título Original: Scythe || Autor: Neil Shusterman || Ano: 2017 || Editora: Seguinte || Sinopse: Primeiro mandamento: matarás. 
A humanidade venceu todas as barreiras: fome, doenças, guerras, miséria... Até mesmo a morte. Agora os ceifadores são os únicos que podem pôr fim a uma vida, impedindo que o crescimento populacional vá além do limite e a Terra deixe de comportar a população por toda a eternidade.
Citra e Rowan são adolescentes escolhidos como aprendizes de ceifador - papel que nenhum dos dois quer desempenhar. Para receberem o anel e o manto da Ceifa, os adolescentes precisam dominar a arte da coleta, ou seja, precisam aprender a matar. Porém, se falharem em sua missão ou se a cumplicidade no treinamento se tornar algo mais, podem colocar a própria vida em risco.



          Dizer que o livro é empolgante é até eufemismo. Com uma narrativa que não deixa a peteca cair, e sempre nos brinda com um acontecimento bombástico, mesmo antes dos 50% do livro, eu estava de boca aberta. Talvez por não ler sinopses, mas… depois de ler a sinopse, ao finalizar o livro, vi que os acontecimentos que me chocaram não está lá — e eu amo isso. Se você é curioso e já foi ler a sinopse do início ao fim, bom saber que nada foi drasticamente estragado lá (tem livros que fazem isso, e é esse o motivo de eu não ler mais sinopses).


Realmente acredito que os mortais se esforçavam mais na busca de seus objetivos, porque sabiam que o tempo era fundamental. Mas nós? Podemos adiar as coisas muito mais fácil do que os condenados a morrer, porque a morte agora se tornou a exceção, e não a regra.


     O Ceifador é um livro voltado para o público jovem, por isso os personagens adolescentes são tão característicos do que esperamos encontrar em um livro do gênero. Eu sabia disso e já fui esperando me irritar um pouco com a Citra ou o Rowan, mas, ao contrário do que eu imaginava, os personagens se mostraram sensatos e fortes para suas idades. Talvez porque encaram o mundo de forma diferente do que os adolescentes “do nosso tempo”, já que têm toda uma filosofia diferente lhes cercando.


O que desejo para a humanidade não é a paz, o consolo ou a alegria. É que ainda morramos um pouco por dentro toda vez que testemunhemos a morte de outra pessoa. Pois só a dor da empatia nos manterá humanos. Nenhum Deus vai poder nos ajudar se algum dia perdermos isso.


          Uma das coisas que mais gostei em O Ceifador foi tanto o fato de o livro nos explicar direitinho o mundo e suas novas regras, como também o fato de não se prolongar nessa lengalenga de explicações desnecessárias. Senti que o Neal não duvidou de mim como leitora hora alguma, e confiou que eu estava entendendo tudo. E eu estava, então foi ótimo não ter informações em excesso. Num livro de 448 páginas, primeiro de uma série, é até esperado que a construção de mundo seja gigantesca, mas não; é na medida. Parte disso foi construído também nos diários dos ceifadores, que estão ao fim de cada capítulo, e nos dá um vislumbre de tudo o que envolve A Ceifa.


A esperança diante do medo é a motivação mais forte do mundo.


         Como já falei no início, o livro é voltado para o público adolescente, e os personagens centrais estão dentro dessa faixa etária. Mas a grade de personagens secundários e mais velhos é maior, e foi muito bem desenvolvida e inserida dentro do livro, sem parecer os adultos chatos ou aqueles com síndrome de mentor, distribuindo discursos adoidado. Isso é até “zoado” numa parte do livro, e eu amei. Outra coisa que não se deve deixar enganar pela classificação etária: a seriedade do livro. É uma trama cheia de confrontos, corrupção e atrocidades. Em alguns capítulos – com o ceifador Goddard – eu senti repulsa e quis passar a página sem ler todos os detalhes. Cenas de assassinato são comuns (nossos personagens estão sendo ensinados a matar), e algumas me deixaram nervosa, rs.


Onde há poder, sempre há aqueles que descobrem formas de tomá-lo.


          Foi meu primeiro contato com a escrita do Neal Shusterman, e com
certeza me fez querer ler mais coisas do autor. O livro termina bem,
fecha todas as questões que foram abertas nessa primeira trama, e por isso a
minha urgência em ler o segundo volume da trilogia não é enorme, mas
sim, eu quero continuar a desvendar o mundo dos Ceifadores. Só isso
já mostra como foi uma experiência boa para mim, pois não sou, nem um
pouco, fã de ler séries. Amo livros únicos, e até poderia encarar esse como um,
mas, droga, eu quero mais! HAHA



E você, já leu O Ceifador?! Sei que a maioria da comunidade leitora já leu ou conhece esse livro. Tô atrasada na festa, mas cheguei hahaha




Oi, gente!

oi, Rafa!

Tudo bem com vocês? Depois do que pareceram séculos, estou aqui de volta para trazer a resenha de um livro que me pegou de surpresa. As Agentes Secretas de Paris, da autora Pam Jenoff, foi uma das minhas leituras da Maratona Literária de Inverno, ou a Booktubatona 2.0, e eu não poderia ter escolhido melhor para o desafio de Ficção Histórica.


Já conhece esse livro? Não? Dá uma olhada:

1946, Manhattan
Um ano depois do fim da Segunda Guerra Mundial, Grace Healey encontra uma mala debaixo de um banco da Grand Central Station, em Nova York. Incapaz de resistir à própria curiosidade, ela abre a bagagem e descobre uma dúzia de fotografias de mulheres com seus nomes escritos no verso. Em um momento de impulso e sem saber muito bem por quê, Grace pega as fotos e rapidamente deixa a estação.
Ela logo descobre que a mala pertencia a Eleanor Trigg, líder de uma rede de agentes secretas inglesas durante a guerra. Doze delas foram enviadas para a França ocupada pelos nazistas como mensageiras e operadoras de rádio para ajudar a resistência, mas nunca voltaram para casa. Na tentativa de descobrir a verdade sobre as mulheres nas fotografias, Grace se vê envolvida na história de uma jovem mãe e agente chamada Marie, cuja missão desafiadora revela uma surpreendente história sobre amizade, bravura e traição.
Vividamente narrado e inspirado em casos reais da Segunda Guerra, Pam Jenoff, autora best-seller do The New York Times, apresenta uma história de incríveis heroínas que ajudaram a derrubar o nazismo. Do ponto de vista de Grace, Eleanor e Marie, a autora cria um admirável romance sobre coragem, sororidade e a força das mulheres para frente às piores circunstâncias.

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀O livro nos apresenta a história de três mulheres, durante e após o difícil período da segunda guerra mundial. Cada uma com um passado e uma história, indo atrás de um objetivo. São três mulheres fortes, nenhuma se encaixando em padrão de vida feminino, ainda mais da década de '40, o que me deixou bem feliz. Eu sabia diferenciar a personalidade de cada uma durante a leitura, mesmo que não fosse colocado no início de cada capítulo o nome de cada uma, para situar o leitor.

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀Grace, recém viúva, ainda muito jovem e com uma vida feliz interrompida pelo trágico acidente que matou seu marido, Tom, é quem começa a desenrolar os mistérios envolvendo as Agentes Secretas, mesmo que o faça sem querer -- de início. Os capítulos dedicados à personagem trazem uma janelinha para sua vida, nos fazendo sentir próxima a ela, mas o objetivo da narrativa de Grace é nos ajudar a desvendar os mistérios, como se ela também fosse uma leitora, e estivesse numa conversa conosco, destrinchando cada novo pedaço de informação que nos foi dado nos capítulos anteriores.

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀Eleanor é a personagem mais importante para o enredo das Agentes, mas é a que menos aparece no livro. É a cabeça das ações, é quem escolhe e cuida das garotas, além de prepará-las para o treinamento. As garotas algumas vezes expressam não gostar de Eleanor, mas Marie, uma das agentes escolhidas pessoalmente por Eleanor, vê nela alguém com alma e coração, e não apenas aquele semblante frio que deixa transparecer.

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀Marie foi minha personagem favorita. Ela cresceu imensamente ao decorrer do livro, de uma mãe solteira com medo do que poderia encontrar em campo, a uma agente corajosa e disposta a dar tudo de si para salvar as operações. A garota começa despreparada e por vezes se arrependendo de ter dito "sim" para aquela loucura e embarcado sem passagem de volta para os treinamentos, mas, ao encontrar amizade e certo conforto com as outras agentes, começa a crescer nela o instinto de combate. Ela, como qualquer um dentro daquele cenário catastrófico, só quer fazer o que é melhor para salvar os seus.

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀Nesse emaranhado de histórias e acontecimentos, acompanhamos as Agentes durante o treinamento, suas dúvidas quanto aos deveres e as angústias dos seus passados. Aprendemos sobre o sofrimento que levou cada uma a estar ali, a dar o sangue e possivelmente a vida por uma batalha que nem pediram para entrar, em primeiro lugar. 

 ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀A narrativa leva seu tempo, sem correr com os acontecimentos, por vezes nos deixando mais a par dos pensamentos e das dúvidas das personagens, do que acontece internamente, antes de desenrolar todas as ações. Essa é uma característica que pode afastar leitores mais ávidos por tiro, porrada e bomba, mas para quem gosta de livros dirigidos por personagens, é um A+. 

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀A escrita de Pam Jenoff foi o que, primeiro, me deixou obcecada pelo livro. A leitura voava sem que eu percebesse, além de ser poética, mas não pretenciosa. Muito gostoso de ler. Se tudo o que essa mulher escreve for assim, podem ter certeza que lerei todos os livros que estamparem seu nome na capa.

Recomendo para quem gosta de: ficção histórica, enredos envolovendo a segunda guerra mundial, mistério & uma pitada de romance.
 
⭐⭐⭐⭐⭐

Compre o livro na amazon:


 

Oi, gente!

oi, rafa!

Como vocês estão?

Quando se trata de leitores, há uma coisa que todos nós concordamos: ter uma estante cheia de livros é um sonho! E, por um tempo, eu pensava dessa forma: não importa quantos livros não lidos eu tenha na estante, uma hora vou ler todos, o que importa é estarem lá! Mas, até quando isso é realmente verdade?

O tempo passa rápido demais, e de repente a gente está olhando pra uma prateleira inteira de livros dentro de um gênero que não nos interessa mais. Parece que não, mas o tempo realmente voa. E o que não para? A publicação de novos livros. Semanalmente temos títulos novos e mais interessantes sendo lançados, livros que fazem mais o nosso estilo no momento, e que a gente sente mais vontade de ler, do que aqueles que estão na estante há 3 anos. 3 anos atrás eu queria ler fantasia, queria tentar ler distopia... Mas hoje em dia eu tô amando Thriller e nem sequer OLHO pra as fantasias na estante, pra fingir interesse.

Então, por que eu ainda os guardo?

Alguns livros eu não tenho mais a intenção de ler, e não me farão nenhuma serventia. Há pessoas que sei que vão amar, e que podem estar esperando essa oportunidade para lê-los. E eu não vou ler, então... 2+2, matemática simples.

Só que para chegar nessa conclusão não é tão simples assim. Leitores sempre vão querer livros! Sim, é verdade. Mas eu cheguei num ponto crítico. Estava sem espaço na estante, colocando livros em duas camadas, alguns eu nem sequer via, não tinha nem a desculpa que gosto de olhar pra eles (wtf né), e então comprei uma estante nova. Simples! Simples? Hum... A estante nova era duas vezes maior que a antiga, e mesmo assim não foi suficiente para todos os livros. Tive que manter a antiga e ainda instalar duas prateleiras. Uffa. E aí, tudo certo? Bem... Não. Eu ainda queria comprar mais livros. Eu sei, é um problema.

Quer dizer: era!

De repente, comecei a perceber que estava lendo MUITOS livros no Kindle. Kindle Unlimited, livros de graça, livros baratos, por menos de 5 reais... Livros em língua estrangeira, livros de gêneros que eu realmente quero ler, livros que só estão a um clique de distância! E eu amo o Kindle, amo essa praticidade. Mas mesmo comprando livros físicos, eu ainda estava lendo mais ebooks. 

Parece ÓBVIO agora, depois que eu tomei a decisão, mas antes era tão difícil pensar em me "livrar" dos livros (viu o que eu fiz ali? Hahaha?? enfim), e realmente, pensando desse jeito, eu nunca ia desocupar a estante. Mas, pensando por outro lado...

Resolvi, então, deixar na estante apenas livros que eu quero REALMENTE ler dentro de um ano (ou talvez 3, vai...) e também meus livros lidos e favoritos. Não se encaixa nessas categorias? Tchau! 

Assim, acabei tirando +/- 50 livros da estante! 50! Tipo, duas prateleiras de livros.  Tenho espaço na estante de novo! Não preciso comprar uma estante nova ou instalar prateleiras até o teto. Uffa!

Foi a melhor decisão que tomei desde que comecei a colecionar livros (esse termo colecionar, para livros, continua sendo estanho...). Com absoluta certeza ainda quero uma estante cheia. Mas quero uma estante cheia com livros que eu amo, ou que fizeram a diferença pra mim, ou livros que eu tenho um feeling que vou adorar ler. Depois disso, podem seguir em frente. 

Minha meta agora é comprar apenas ebooks, e desses, colocar na estante apenas os que se tornarem favoritos. Quero olhar e ver uma estante cheia de amor, e não algo que me dá ansiedade pensando em quando vou ler tudo aquilo... Ugh.

E você, já desapegou dos seus livros? Ou melhor, já admitiu que na estante tem pelo menos 10% de livros que você não tem mais a intenção de ler?


Bem gente, foi isso! Espero que tenham gostado do posto diferente de hoje hahaha

Beijos, até o próximo! 


Oi, gente! 

oi rafa!

Como estão?

Meio do ano, aquele momento em que as metas de leituras começam a atrasar, a gente começa a entrar em pânico... hahha! E com essa época vem a Tag 50% (que o nome original é Mid-Year Freak Out Book Tag, e eu amo esse nome aaaa), que consiste em responder umas perguntinhas sobre nossas leituras do ano até agora. Eu não li lá tantas coisas, mas decidi responder mesmo assim hahaha 

1. O melhor livro que você leu até agora, em 2018.
O Sol é Para Todos, com absoluta certeza.

2. A melhor continuação que você leu até agora, em 2018.
Como não leio muitas séries, é difícil pensar. Acho que só li A Soma de Todos os Beijos, de Julia Quinn. O terceiro livro da série Smythe-Smith.

3. Algum lançamento do primeiro semestre que você ainda não leu, mas quer muito.
E Se Fosse A Gente?, Becky Albertalli e Adam Silvera. Eu adorei os livros "Simon vs a Agenda Homo Sapiens" e "Os 27 Crushes de Molly", da Becky, e queria muito ler esse!

4. O livro mais aguardado do segundo semestre.
Tenho dois! Os livros das Claras, Clara Savelli e Clara Alves. O Verão da Nossa Vida & Conectadas, respectivamente.

livros citados

5. O livro que mais te decepcionou esse ano.
Azeitona, do Bubarim, com certeza. Eu estava com TANTAS expectativas, e nenhuma (zero) foi alcançada. :(

6. O livro que mais te surpreendeu esse ano.
Tudo Que a Gente Sempre Quis, de Emily Giffin. Eu nunca tinha lido nada da autora. Foi uma ótima surpresa!

7. Novo autor favorito (que lançou seu primeiro livro nesse semestre, ou que você conheceu recentemente).
Caroline Kepnes. Quero muito ler o segundo livro depois de VOCÊ.

livros citados

8. A sua quedinha por personagem fictício mais recente.
Acho que não rolou, não! AHAHAHA Tive um personagem favorito... que foi o Atticus Finch. Mas não chega a ser quedinha, eu acho.

9. Seu personagem favorito mais recente.
Ele mesmo, Atticus Finch. E os filhos, Scout e Jem <3 O Sol é Para Todos é um hino mesmo né? Jesus.

10. Um livro que te fez chorar nesse primeiro semestre.
Sou muito coração de pedra se disser... nenhum? jgdfsgkhfj


11. Um livro que te deixou feliz nesse primeiro semestre.
Ligações, da Rainbow Rowell! Ler Rainbow sempre me deixa feliz!


12. Melhor adaptação cinematográfica de um livro que você assistiu até agora, em 2018.
Matilda é um livro e filme já "antigos". O filme é de 1996, mas eu li o livro neste ano, então... segue sendo a melhor adaptação! Amei e continuo amando <3

13. Sua resenha favorita desse primeiro semestre (escrita ou em vídeo).
14. O livro mais bonito que você comprou ou ganhou esse ano.
Outsider, do Stephen King! Comprei na edição em inglês, e essas capas duras com jacket são de encher os olhos. <3


livros citados

15. Quais livros você precisa ou quer muito ler até o final do ano?
Os livros do desafio 12 livros em 2019. HAHAHA estão todos no vídeo, clica aqui pra ver!

E foi isso!

Espero que tenham gostado. Quem aí respondeu a tag? Me diz: qual seu livro favorito do ano?!

beijos

Oi, gente!


Oi, rafa.
Tudo bem com vocês?!

Hoje vi trazer aqui pra vocês um post sobre os livros "Outros Jeitos de Usar a Boca" e "O Que o Sol Fez com as Flores", da Rupi Kaur. Semelhante ao meu post sobre "Sejamos Todos Feministas", essa não é uma resenha, mas sim um tipo de "minhas partes favoritas" e um pouco sobre a autora.

Rupi Kaur

Rupi é natural de Punjab, na Índia, mas aos quatro anos emigrou para o Canadá com a família. Aprendeu o inglês em sua nova casa, e desde então se tornou íntima dos livros. É formada em retórica e escrita profissional pela universidade de Waterloo. Rupi é apaixonada por poesias, escrita, ilustrações e fotografia. Atualmente mora no Canadá. 

Em seus poemas, Rupi fala sobre amor, sobre feminismo, abusos, sobre ser imigrante, sobre sonhos. Ela consegue de forma muito bonita colocar em poucas palavras sentimentos complexos, como o abandono, a sensação de não pertencer a um lugar consegue retratar relacionamentos abusivos e se sentir livres deles, através das palavras. Muitas das situações retratadas nos poemas da autora não fazem parte da minha vivência (como imigração), mas isso não nos impede de sentir empatia. Nos sentimos próximas da autora, e essa habilidade que a Rupi tem é o que a fez tão famosa. Os poemas sobre feminismo tocam toda e qualquer mulher/menina. Acho importante serem lidos para quem não tem muita base do feminismo. São simples, mas mostram nossa força e nosso poder como mulheres.

A primeira vez que ouvi falar sobre Rupi foi através do livro Outros Jeitos de Usar a Boca, que ganhou muita popularidade em 2015, no ano de lançamento. Eu vi um vídeo da Youtuber JoutJout falando sobre o livro, e a influência do YouTube sendo grande na cultura pop hoje em dia, foi aí que me interessei pelas poesias -- mesmo não sendo a maior leitora desse tipo de literatura. Assim que consegui o livro, o li em menos de 24horas. Em uma tarde, cheia de altos e baixos, o livro me acompanhou. Não lembro se chorei lendo este primeiro. Então foi lançado O Que o Sol Fez com as Flores, que eu li há algumas semanas. E nesse eu lembro de todas as emoções, a empatia, o amor, e o choro. Alguns poemas retratam o feticídio feminino, comum na Índia, e eu não consegui conter as emoções. Pensar nessa realidade é chocante, eu não consegui controlar.

Abaixo estão alguns poemas, de ambos os livros. O mínimo que eu consegui sem ter que imprimir os livros inteiros aqui HAHAHA


nós dois juntos botamos fogo em tudo



O que é mais forte
que o coração humano
que se quebra em vários pedaços
e continua batendo
O mundo
te causa
tanta dor
e aqui está você
transformando-a em outro

Não há nada mais puro que isso.
Do meu exemplar de e-book kindle, esses foram meus favoritos do livro O Que o Sol Fez Com as Flores:


Esse é meu favorito <3


Oi, gente!

oi, rafa!

Como estão? Hoje vou trazer pra vocês a resenha de um dos livros que mais gostei de ler nesse mês de maio/junho. Você provavelmente conhece a série da Netflix, originada do livro de Caroline Kepnes, mas você já leu o livro?! Se sim, o que achou? Vamos ver se temos opiniões diferentes, comenta aqui nos comentários! hahaha 


Título Original: YOU || Autora: Caroline Kepnes || Editora: Rocco || Páginas: 384 || Sinopse: Quando uma aspirante a escritora linda e atraente entra na livraria do East Village onde Joe Goldberg trabalha, ele faz o que (quase) qualquer pessoa interessada faria: pesquisa no Google o nome que consta em seu cartão de crédito. Para a sorte de Joe, existe apenas uma Guinevere Beck na cidade de Nova York, e ela posta incessantemente nas redes sociais tudo o que ele precisa saber: que ela é apenas Beck para os amigos, que frequentou a Brown University, mora na Bank Street e estará em um bar no Brooklyn esta noite - o lugar perfeito para um encontro ao acaso. Ela ainda não sabe, mas é a mulher perfeita para Joe. E quando Joe começa a orquestrar obsessivamente uma série de eventos para garantir que Beck caia em seus braços, ela acaba não resistindo às suas investidas. Passando do papel de stalker para namorado, Joe transforma-se no homem perfeito para Beck, ao mesmo tempo em que remove sorrateiramente todos os obstáculos no caminho dos dois. Mas também há muito mais em Beck do que sua fachada perfeita, e o relacionamento mutuamente obsessivo do casal rapidamente se desdobra em um turbilhão de consequências mortais. Um relato devastador de uma farsa implacável, Você é um suspense arrebatador sobre vulnerabilidade e manipulação na era das redes sociais, capaz de provar que o amor também pode ferir. E muito.
Pensa em um livro intenso. Pensa em um personagem psicopata. Imagina esse personagem narrando o livro. Imagina também esse mesmo personagem narrando o livro diretamente para VOCÊ. Coloca ambíguidade nessa mistura. Bate tudo no liquidificador e repete 3x. Pronto, isso é VOCÊ

Eu poderia dizer que fiquei chocada com o livro... que fiquei me sentindo enojada… mas, meu Deus! Isso não aconteceu. Queria saber até que ponto isso é perturbador... porque eu achei a leitura muito gostosa, e estava me divertindo pra caramba enquanto lia o ponto de vista de Joe e lendo como sua mente trabalhava para fazer com que se sentisse bem e até um herói ao estar claramente perseguindo a Beck para lá e para cá. Eu amei. 

O livro tem a capacidade de fazer o leitor torcer pelo psicopata, pelo assassino. Isso não é absurdamente incrível? É preciso muito cuidado ao escrever um livro com um personagem assim, e Caroline foi sensacional ao fazê-lo. O livro é bem cru, e eu digo isso pela quantidade de palavrões e palavras chulas que são usadas na narrativa. Joe não polpa nada na narrativa, principalmente quando está bravo (ou, em suas palavras, puto). É divertidíssimo acompanhar enquanto o personagem está feliz e sendo uma pessoa agradável (como um psicopata faz) e, de repente, ao ver que alguma coisa não está saindo do seu jeito, ele começar a ser agressivo e boca-suja. O tempo inteiro eu estava esperando algum surto dele, e depois aguardando o momento em que ele iria se acalmar e agir como se tudo estivesse às mil maravilhas o dia inteiro. O quê? Ele pensou em matar alguém mas depois voltou atrás quando percebeu que aquele homem não está tendo um caso com a Beck? Claro que não, foi só um momentinho. HAHAHA

Apesar de o livro ser sobre um psicopata “apaixonado” por uma garota, sobre um perseguidor capaz de matar para que nada entre no seu caminho nessa “conquista”, preciso dizer que o livro não é explícito nas cenas de assassinato e violência. É quase como se fosse fácil demais. Pá. Mais uma morte, agora o Joe vai se livrar do corpo e pronto. Seguimos em frente. O foco não são as mortes, mas sim a Beck. Sobre ela. Sobre Você, Beck. Eu gostei muito disso. Não estava querendo saber detalhes de como esconder ou se livrar de corpos… eu queria saber o que o Joe faria em seguida para conseguir atenção da Beck, o que ele estaria disposto a fazer para se aproximar dela mais uma vez.

A Beck é uma personagem interessante. Nós não sabemos de fato como ela é, pois somos introduzidos a ela pelos olhos do Joe. E ele é um narrador não muito confiável, digamos. Por exemplo, ele sempre fala sobre como a Beck está se oferecendo para ele, ou para outros caras, como ela é promíscua e como age pensando em sexo, como ela sabe que consegue tudo porque é bonita, etc., mas nós não sabemos se isso tudo é verdade. É o olhar dele sobre ela, então nunca saberemos como de fato é a personagem. Isso também me fez gostar mais do livro. Há outra personagem que sofre desse “filtro Joe”. A amiga da Beck, Peach. Ela está sempre livrando Beck do Joe, tem um “faro” que sempre a alerta sobre o rapaz, e ele fica indignado com isso. Chegou um momento em que eu não suportava mais a Peach, mas eu soube, depois de parar para pensar, que ela só queria proteger a Beck. E foi o momento em que eu pensei em quão genial foi a Caroline Kepnes ao escrever esse livro. Fantástico.

Em suma, VOCÊ é um livro intenso, divertido (eu sei!!!) e surpreendente, que consegue nos prender na ponta da cadeira até terminar a última página. E nos faz torcer por um psicopata, perseguidor, ao mesmo tempo que pensar em fechar todas as janelas para não correr o risco de ter alguém nos observando 24hrs por dia. HAHAHA Recomendo!

Ah! e o livro tem uma sequência, intitulada Hidden Bodies (Corpos Escondidos), que a Rocco anunciou que estará lançando no segundo semestre deste ano! No livro, o joe tem uma próxima vít... digo, amor! hahahaha Ansiosa pra ler, mas não sei o que esperar. Se for narrada do mesmo jeito que VOCÊ, ou seja, na segunda pessoa, já tem meu dinheiro! Pode vir! HAHAHA

E aí, você já leu VOCÊ? Tem vontade? viu a série?! me conta aqui nos comentários!


Oi, gente! 

Oi, Rafa!
Tudo bem com vocês?

Não sei como funciona com vocês, mas comigo... eu não faço resenha de todos os livros que leio. Por vários motivos, sei lá. Alguns são demais pra mim e eu não sei nem por onde começaria uma resenha... alguns são livros que todo mundo já leu, outros são livros curtinhos que uma resenha já falaria demais. Enfim, muitos motivos. E pensando nisso, em como eu queria às vezes escrever um post sobre determinado livro, resolvi criar o "Quadro" PocketResenha. Será uma resenha mais compacta, só pra não passar em branco! HAHA Espero que gostem!

Título Original: The boy in the Dress || Autor: David Walliams || Páginas: 192 || Editora: Intrínseca || Gênero: Literatura infanto-juvenil || Sinopse: A vida de Dennis não é nenhum mar de rosas: ele foi abandonado pela mãe, não se entende com o irmão, o pai está deprimido e, para piorar, há uma regra em casa que proíbe abraços. Só duas coisas o fazem feliz: jogar futebol e olhar vestidos bonitos. Ele é o atacante do time do colégio e adora a revista Vogue. Durante uma detenção, Dennis conhece Lisa, a menina mais bonita da escola e que também se interessa por moda. Os dois se tornam amigos e passam a se encontrar na casa dela. Até que um dia ela o convence a pôr um vestido e ir à aula fingindo ser uma aluna de intercâmbio. É nesse momento que a vida chata e comum de Dennis se transforma em algo extraordinário.

Ah, os livros infantis! 

Eu não lia nada quando era criança, não tinha o incentivo à leitura em casa, então comecei lendo com livros para adolescentes, alguns livros mais trágicos (O Menino do Pijama Listrado; O Caçador de Pipas, A Menina Que Roubava Livros, etc. haha) e acho que isso tem grande influência na minha adoração por livros infantis/infanto-juvenis. Eu não li nenhum quando tinha a idade adequada, e agora sempre que posso, tô lendo. Eu já tinha ouvido falar de O Menino de Vestido, até muito, mas não sabia nada sobre e não sabia que era tão para o público infantil. Eu só fui ler quando descobrir que é do David Walliams, e eu adoro o David! Ele é jurado do Britain's Got Talent, e meu favorito (sorry, Simon). Então fui lá ler! 

E me surpreendi com a doçura da história (e o quão é engraçada! mas isso eu já esperava). O livro fala sobre Dennis, um garoto de doze anos, craque no futebol na escola, e apaixonado por vestidosmodarevistas desfiles. Mas Dennis sabe que isso é "coisa de menina" aos olhos de todo mundo, inclusive do seu pai, e esconde essa preferência de todos. É quando conhece Lisa e ela lhe mostra uma coleção de revistas Vogue, e Dennis fica fascinado. E fica ainda mais encantado - embora com um pouco de medo - quando ela lhe sugere usar um vestido. Mas quando faz, Dennis se sente diferente. Incrível. 

— Não é justo! — lamentou Dennis. — As garotas ficam com as melhores coisas!  — Aqui essas regras não se aplicam — disse Lisa, rindo. — Dennis, você pode ser quem você quiser!

O menino de Vestido fala muito sobre ser quem você quiser, não ter vergonha de mostrar ao mundo sua verdadeira essência. Poderia muito bem ser um livro sobre Bullying, etc, tratando no mesmo assunto, mas David escolheu uma abordagem mais leveengraçada sutil sobre esses assuntos. Ele disse, em entrevista, que imaginou um dia o que aconteceria se um garoto fosse à escola de Vestido, e simplesmente escreveu The Boy in the Dress. 

É um livro divertido e rapidinho de ler. Recomendo para quem quer sair de uma ressaca ou intercalar leituras mais densas. E para ler para crianças! Eu queria muito ter um irmão/primo mais novo para fazer essa leitura. <3  


Oi, gente!

oi, rafa! 


Tudo bem com vocês? Há um tempo houve um post aqui no blog com os 5 gêneros literários que caíram no esquecimento. E, relendo aquele post, resolvi fazer um contrário. Os gêneros literários mais populares no último ano, e aqueles que estão em ascenção. Talvez o seu favorito esteja aqui, e é ótimo achar vários livros que gostamos nas prateleiras. Talvez ele tenha sido esquecido, e eu sinto muito HAHAHA Mas, enfim, vamos lá?!

Dando uma olhada pelo instagram, os gêneros literários que mais saltam nas fotos e nas TBR e Lidos do Mês dos leitores são: 

1º Romance de Época



Desde que a Julia Quinn foi lançada aqui no Brasil, o gênero ganhou MUITA popularidade. Antigamente, eram lançados muitos romances de época, mas não eram lidos por jovens, pois eram os chamados "Romances de Banca", e tinham capas chamativas para o apelo sexual e meio... bregas. Então esses livros eram meio esquecidos (tanto é que os livros da Julia Quinn começaram a ser lançados originalmente em 1999 e no começo dos anos 2000, até hoje em dia), mas agora voltaram com tudo! Você já leu algum? 

2º Temáticas feministas


Eu gostaria de ouvir um "amém". Amém! Para mim, os livros da autora Chimamanda (principalmente Sejamos Todos Feministas, um livro super curtinho que eu até fiz um post aqui no Blog sobre) abriram portas para que os leitores mais jovens buscassem livros com temática feminista. Li livros incríveis cercando o tema, mostrando um futuro onde as mulheres perderam novamente todos os direitos (Vox) e abordando os absurdos da sociedade feminista; ou mostrando uma sociedade onde só existem mulheres e o mundo é uma utopia, quase um sonho de sociedade (Terra das Mulheres). E essa onda não termina com esses livros. Os livros de poemas da Rupi Kaur abordam temas feministas, o livro O Conto da Aia, da Margareth Atwood o livro O Poder, de Naomi Alderman, etc. Muitos desses já li, e os outros quero muito ler!

oi, gente!

oi, rafa!

Tudo bem com vocês? Hoje vim trazer um post (não é resenha) sobre uma de minha últimas leituras. 


Título original; To Kill a Mockingbird || Autora: Harper Lee || Páginas: 349 || Ano: 1960 || Sinopse: Um livro emblemático sobre racismo e injustiça: a história de um advogado que defende um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca nos Estados Unidos dos anos 1930 e enfrenta represálias da comunidade racista. O livro é narrado pela sensível Scout, filha do advogado. Uma história atemporal sobre tolerância, perda da inocência e conceito de justiça. O sol é para todos, com seu texto “forte, melodramático, sutil, cômico” (The New Yorker) se tornou um clássico para todas as idades e gerações.


Quando eu ouvia falar sobre O Sol É Para Todos, ouvia falar sobre o racismo, sobre a injustiça que é abordada no livro, sobre os absurdos dos Estados Unidos na década de 30. Eu achei, indo ler o livro, que me depararia com uma narrativa brutal e escancarada sobre as questões racistas da época, e imaginem minha surpresa quando vi que não era bem assim.

“Você só consegue entender uma pessoa de verdade quando vê as coisas do ponto de vista dela.”

O que faz o livro ser diferente é a narradora. Jean Louise Finch (mais conhecida como Scout) é uma menininha de 8 anos, filha do advogado Atticus Finch, e é quem nos conta sobre os acontecidos. Sem ponto de vista é importantíssimo, e é o que faz o livro ser espetacular. Nós não esperamos ouvir uma história sobre racismo pelos olhos de uma criança. A inocência e sagacidade de Scout é o que nos faz sentir apaixonados pelo livro. E também que somos introduzidos à vida naquela cidadezinha pequena e pacata bem antes de sermos introduzidos ao caso mais importante do livro, a defesa de Tom Robinson, o negro acusado injustamente de estuprar uma mulher branca.

“Antes de ser obrigado a viver com os outros, tenho de viver comigo mesmo. A única coisa que não deve se curvar ao julgamento da maioria é a consciência de uma pessoa.”

Nas cem primeiras páginas do livro, esse caso não é mencionado. Scout nos conta sobre seus dias de verão com o irmão Jem e o melhor amigo, Dill, e também sobre os primeiros dias de aula, sobre as brigas na escola, sobre as lições do pai, Atticus, e sobre o mistério em cima da casa dos Radley, rondando principalmente Arthur “Boo” Radley, o vizinho que nunca sai de casa, o qual as crianças nunca conheceram, e o pintam como terrível, perigoso e maldoso. 

Esse “causo” infantil me fez não largar os livros nas primeiras páginas, e eu me vi quase que como um membro do grupinho das crianças, tentando a todo custo fazer Boo Radley sair de casa, inventando histórias sobre sua vida e imaginando incessantemente como era sua aparência física.