Oi, gente! 

Oi, Rafa!
Tudo bem com vocês?

Não sei como funciona com vocês, mas comigo... eu não faço resenha de todos os livros que leio. Por vários motivos, sei lá. Alguns são demais pra mim e eu não sei nem por onde começaria uma resenha... alguns são livros que todo mundo já leu, outros são livros curtinhos que uma resenha já falaria demais. Enfim, muitos motivos. E pensando nisso, em como eu queria às vezes escrever um post sobre determinado livro, resolvi criar o "Quadro" PocketResenha. Será uma resenha mais compacta, só pra não passar em branco! HAHA Espero que gostem!

Título Original: The boy in the Dress || Autor: David Walliams || Páginas: 192 || Editora: Intrínseca || Gênero: Literatura infanto-juvenil || Sinopse: A vida de Dennis não é nenhum mar de rosas: ele foi abandonado pela mãe, não se entende com o irmão, o pai está deprimido e, para piorar, há uma regra em casa que proíbe abraços. Só duas coisas o fazem feliz: jogar futebol e olhar vestidos bonitos. Ele é o atacante do time do colégio e adora a revista Vogue. Durante uma detenção, Dennis conhece Lisa, a menina mais bonita da escola e que também se interessa por moda. Os dois se tornam amigos e passam a se encontrar na casa dela. Até que um dia ela o convence a pôr um vestido e ir à aula fingindo ser uma aluna de intercâmbio. É nesse momento que a vida chata e comum de Dennis se transforma em algo extraordinário.

Ah, os livros infantis! 

Eu não lia nada quando era criança, não tinha o incentivo à leitura em casa, então comecei lendo com livros para adolescentes, alguns livros mais trágicos (O Menino do Pijama Listrado; O Caçador de Pipas, A Menina Que Roubava Livros, etc. haha) e acho que isso tem grande influência na minha adoração por livros infantis/infanto-juvenis. Eu não li nenhum quando tinha a idade adequada, e agora sempre que posso, tô lendo. Eu já tinha ouvido falar de O Menino de Vestido, até muito, mas não sabia nada sobre e não sabia que era tão para o público infantil. Eu só fui ler quando descobrir que é do David Walliams, e eu adoro o David! Ele é jurado do Britain's Got Talent, e meu favorito (sorry, Simon). Então fui lá ler! 

E me surpreendi com a doçura da história (e o quão é engraçada! mas isso eu já esperava). O livro fala sobre Dennis, um garoto de doze anos, craque no futebol na escola, e apaixonado por vestidosmodarevistas desfiles. Mas Dennis sabe que isso é "coisa de menina" aos olhos de todo mundo, inclusive do seu pai, e esconde essa preferência de todos. É quando conhece Lisa e ela lhe mostra uma coleção de revistas Vogue, e Dennis fica fascinado. E fica ainda mais encantado - embora com um pouco de medo - quando ela lhe sugere usar um vestido. Mas quando faz, Dennis se sente diferente. Incrível. 

— Não é justo! — lamentou Dennis. — As garotas ficam com as melhores coisas!  — Aqui essas regras não se aplicam — disse Lisa, rindo. — Dennis, você pode ser quem você quiser!

O menino de Vestido fala muito sobre ser quem você quiser, não ter vergonha de mostrar ao mundo sua verdadeira essência. Poderia muito bem ser um livro sobre Bullying, etc, tratando no mesmo assunto, mas David escolheu uma abordagem mais leveengraçada sutil sobre esses assuntos. Ele disse, em entrevista, que imaginou um dia o que aconteceria se um garoto fosse à escola de Vestido, e simplesmente escreveu The Boy in the Dress. 

É um livro divertido e rapidinho de ler. Recomendo para quem quer sair de uma ressaca ou intercalar leituras mais densas. E para ler para crianças! Eu queria muito ter um irmão/primo mais novo para fazer essa leitura. <3  


Oi, gente! 

oi, Rafa!

Tudo bom?!

Hoje venho com a resenha de um livro muito gostosinho que li no final de Julho. Foi uma surpresa, pois eu praticamente não conhecia o enredo, nunca tinha lido nada da Autora, e não sabia o que esperar. É assim que mais gosto: sem expectativas. Ouvi o Audiobook em menos de um dia. Vem saber o que eu achei!

Autora: Sandhya Menon ||  Páginas: 384 || Lançamento: 2017 || Gênero: YoungAdult || Sinopse: Dimple Shah tem seu futuro inteiro planejado. Depois de se formar no colégio, ela está mais do que pronta para se distanciar um pouco da família, da obsessão inexplicável da mãe por encontrar o “marido indiano ideal” para ela. Dimple sabe que os pais devem respeitar pelo menos um pouco os princípios dela, no entanto. Se eles realmente acreditassem que ela precisava de um marido agora, não iriam pagar um programa de verão para aspirantes a programadores, não é mesmo?
Rishi Patel é um romântico incorrigível. Então, quando os pais contam que a futura esposa dele vai participar do mesmo programa de verão que ele — onde ele terá que cortejá-la —, Rishi fica super empolgado. Porque por mais idiota que pareça, Rishi quer um casamento arranjado e acredita no poder da tradição, estabilidade e fazer parte de algo muito maior.
Dimple e Rishi podem até pensar que entendem um ao outro, mas quando os opostos se encontram, o amor trabalha duro para existir de maneiras inesperadas.
Nesse livro conhecemos Dimple, uma adolescente de descendência indiana que está ansiosa para se livrar dos seus pais rígidos e do possível casamento arranjado que eles têm planejado para ela. Dimple só quer entrar na faculdade e começar a sua vida livre, como ela sempre imaginou. Do outro lado conhecemos Rishi, um jovem também de descendência indiana, mas que, ao contrário de  Dimple, esta ansioso para começar a sua vida seguindo a mesma linha dos seus pais, com um casamento arranjado, uma noiva indiana e um futuro repleto de filhos e amor.

Eu praticamente nunca tinha ouvido falar desse livro, até que baixei no Audible e, a partir disso, em todo vídeo que via de booktubers americanas, aparecia ele. De repente ele estava em todo lugar, e todo mundo falando muito bem! Então, obviamente, procurando uma leitura levinha, acabei ouvindo/lendo a história de Dimple e Rishi (alternando entre o áudio e o e-book). E não me decepcionei.

Dimple é uma jovem de descendência indiana, mas nasceu na América do norte, e não se sente muito confortável envolvida na cultura de seus pais. Dimple dá alguns discursos feministas, sobre como a beleza não é tudo o que importa numa mulher, e que ela está muito mais interessada no cérebro e na inteligência, e como não precisa pensar em casamento tão cedo. Eu adorei a forma de pensar de Dimple, e me identifiquei com ela em vários momentos. Ela também é divertida, uma personagem muito gostosa de acompanhar.

Rishi é outro personagem interessante. Tudo o que ele quer é o felizes para sempre que vê na relação dos seus pais, e ele aceita muito fácil seu destino. Romântico, engraçado e bonito, Rishi e o típico mocinho apaixonante de comédias românticas. E eu amei.

Adorei o primeiro encontro dos personagens. Ri bastante com o Rishi e com as interações dos dois, e estava cada vez mais animada em vê-los juntos. O livro se desenvolve enquanto Dimple e Rishi estão participando de uma "convenção" de tecnologia – a Insomnia Con –, desenvolvendo um aplicativo para "ganhar" a Insomnia Con e o prêmio. Para Rishi, a convenção significa só uma coisa: se aproximar de Dimple. Já para a garota, o prêmio e tudo o que importa, já que está dentro de seu sonho. Entre reuniões, tarefas, tecnologia e risadas, Rishi e Dimple descobrem o inevitável: que o amor sempre dá um jeito de se infiltrar, mesmo entre dois tão opostos.
When Dimple Met Rishi foi uma leitura muito agradável e divertida. Eu ri em várias partes do livro, e voei durante a leitura, que passou rapidinho. As raízes indianas dos personagens trouxe algo diferente para o livro, e eu pude aprender algumas coisinhas sobre o país e a cultura. Embora não seja abordado com tanta frequência, a decendência dos personagens faz diferença na narrativa, principalmente no áudiobook, que adicionou sotaque aos diálogos <3 amei esse toque. 

Entretanto, houve um problema com a leitura: é bastante clichê, e se torna previsível em alguns momentos. Consegui descobrir quais seriam as reações dos personagens em determinadas situações mais de uma vez. Para quem se incomoda com isso, é um problema, mas para mim foi algo que deixei não me fez "desgostar" do livro. 

Recomendo para quem gosta de romance adolescente, clichês e procura uma leitura mais leve.



Oi, gente!
oi, rafa!
Tudo bom com vocês?!

ERA UMA VEZ UMA FÃ, UM ATOR E UM CLÁSSICO SCI-FI...


Hoje vim trazer a resenha de um livro que li bem rapidinho, estava esperando algumas coisas, e acabei frustrada. Quer saber por quê? Então continua lendo <3


Título Original: Geekerella || Ano: 2017 || Editora: Intrínseca || Autora: Ashley Poston || Gênero: Young Adult/Infantojuvenil || Sinopse: Quando Elle Wittimer, nerd de carteirinha, descobre que sua série favorita vai ganhar um remake hollywoodiano, ela fica dividida. Antes de seu pai morrer ele transmitiu à filha sua paixão pelo clássico de ficção científica, e agora ela não quer que suas lembranças sejam arruinadas por astros pop e fãs que nunca tinham ouvido falar da série. Mas a produção do filme anunciou um concurso de cosplay numa famosa convenção valendo um convite para um baile com o ator principal, e Elle não consegue resistir. Na Abóbora Mágica, o food truck vegano onde trabalha, ela encontra a ajuda de uma amiga cheia de talentos para moda que vai criar o traje perfeito para a ocasião. Afinal, o concurso é a chance de Elle se livrar das tarefas domésticas impostas pela terrível madrasta e das irmãs postiças malvadas. Já Darien Freeman, o astro adolescente escalado para ser o protagonista do filme, não está nada ansioso para o evento, embora o papel seja seu grande sonho. Visto como só mais um rostinho bonito, o próprio Darien está começando a achar que se tornou uma farsa. Até que, no baile, ele conhece uma menina que vai provar o contrário.
Esta releitura de Cinderela transporta para o universo nerd os principais elementos do clássico conto de fadas, fazendo uma verdadeira homenagem a todos aqueles que sabem o que é ser fã e se dedicar de coração àquilo que amam.

Você esperaria tudo de uma releitura de Cinderela, né? Mas duvido que você já imaginou toda a história da orfã, madrasta e irmãs gêmeas malvadas envolvendo Ficção Científica! HAHAHA Ashley pensou no inimaginável e juntou as duas coisas em um livro só. Mas será que ficou bom?

Definitivamente, a parte de recontagem de Cinderela ficou perfeita. O livro realmente tem todos os elementos, praticamente intocados: a madrasta má, os pais já mortos, as gêmeas nojentas e privilegiadas, o sentimento de estar sozinha no mundo, e a única pessoa que te entendia já se foi. Tudo está no ponto no sentido de releitura. Essa parte não posso tirar ponto nenhum, está perfeita no livro. Mas não é só disso que sobrevive um livro, e a história precisa de algum diferencial para atrair os leitores. Bem, Geekerela TEM esse diferencial, mas é aí que entra o erro - na minha opinião. 

Todo o cenário de ficção científica é bastante abordado no livro, até que se torna demais. Há algumas partes do livro em que eu pensei seriamente em pular algumas páginas e já ir para o próximo capítulo, porque não havia muito o que me interessasse dentro do cenário ator incompreendido e fandom enlouquecido. Eu queria ver o romance surgindo entre Elle e Darien, queria ver um relacionamento "te amo mas te odeio" (que eu estava esperando que acontecesse, mas fiquei na frustração). Para mim, seria mais interessante abordar o romance do livro dessa forma. 

Os personagens, sozinhos, acabam não sendo muito cativantes, e eu não me importei nem um pouco com os problemas de suas vidas. É quando chega nesse ponto, de não se importar, que a gente percebe que não faria diferença aquele personagem estar ali ou não. Eu simplesmente não ligava para os problemas do Darien - que incluíam ser tão famoso que garotas (ou monstros, como ele chamava) estavam correndo atrás do pobre coitado, blah-blah-blah. A Elle tinha um pouco mais de "problema real" acontecendo, e mesmo assim eu não consegui me conectar com ela. Foi uma pena me sentir assim, porque eu estava mesmo no clima de ler algo levinho e despretensioso como o livro, um romance mais "bobinho". Só esse que não funcionou para mim. 

Eu o recomendo, apesar de não ter gostado. Sei que é um livro que ganhou o coração de leitoras mais novas ou de quem estava a fim de uma leitura sem preocupação. Recomendo para quem quer um livro para passar o tempo, para ler rapidinho no final de semana. Mas leia sem expectativas - eu tinha algumas, e não me dei bem. 



É isso, gente. Até a próxima resenha <3

Oi, gente!
Oi, Rafa. 

Tudo bem com vocês?

Vamos de resenha de clássico hoje?

Pollyanna, de Eleanor H. Porter, foi escrito em 1913 e desde então se consagrou clássico, com diversas adaptações para o cinema, incluindo uma da Disney, de 1960, e uma continuação literária, Pollyanna Moça, de 1915. E é ele que eu trago pra vocês hoje!


Título original: Pollyanna || Ano: 1913 || Autora:  Eleanor H. Porter || Editora: Autêntica || Sinopse: Órfã e pai e mãe, Pollyanna, uma menina de 11 anos, é acolhida pela tia Polly, sua única parente viva. Rica e intransigente, a tia é desprovida de compreensão e afetividade, e recebe a menina em sua casa como um dever. Pollyanna, por sua vez, é uma menina encantadora, que a todos conquista com sua paixão pela vida e pelas pessoas, seu otimismo, sua alegria de viver... e o Jogo do Contente, que pratica e ensina a quem quiser aprender. Um jogo em que ninguém perde, todos ganham – e se transformam. Clássico da literatura juvenil universal, publicado em 1913, esse livro vem encantando gerações de leitores de diferentes idades em diversas línguas, tendo se tornado leitura obrigatória e necessária a quem quiser ver a vida sem amargura, descobrindo sempre o lado bom de tudo.

Pollyanna é uma garotinha de 11 anos órfã de pai e mãe, e agora precisa viver sob os cuidados da sua tia, Polly, uma mulher rica, porém infeliz, que mora sozinha com os empregados num casarão na cidadezinha de Beldingsville, Vermont. A última coisa que Miss Polly precisa é de uma criança, e ela deixa isso bem claro no seu tratamento para com a menina logo em seu encontro.

Mas o que Miss Polly não sabe, nem imagina, é que Pollyanna não é uma criança qualquer.

Filha de um pastor, a menina foi criada por “senhoras da igreja”, recebendo sempre doações de roupas, brinquedos, necessidades. Um dia, quando pediu muito uma boneca, mas ao invés disso recebeu na caixa de doações um par de muletas, Pollyanna entristeceu. Mas logo seu pai tratou de lhe alegrar contando sobre o Jogo do Contente.

O Jogo do Contente é um jogo em que ninguém perde, todos ganham. Consiste em achar o lado bom em todas as situações, até nas que parece impossível tirar alguma coisa boa. Na ocasião das muletas, Pollyanna ficou feliz porque, embora as tenha ganhado, não-precisava-delas! Quando perdeu os pais e se viu órfã, Pollyanna podia parecer não ter nenhum motivo para se manter contente, mas ficou, pois assim pôde conhecer a tia Polly e ir morar numa casa linda, com um campo grande, árvores na paisagem e um quarto só para ela.

É o Jogo do Contente que Pollyanna ensina a Nancy, a empregada de tia Polly, e logo o espalha por toda a cidade. Até os moradores mais carrancudos, infelizes e isolados da cidadezinha acabam se encantando pela garota, e enxergando a beleza por trás do Jogo.

Pollyanna não é um clássico à toa. O livro, caracterizado como infanto-juvenil, é daqueles que, mesmo se passando anos, a leitura continuará com o mesmo impacto. A mensagem de positividade e otimismo de Pollyanna é válida e enriquecedora. Por que todos nós não podemos jogar o Jogo do Contente, trazê-lo para a realidade? Em várias ocasiões é preciso, pois estamos sempre reclamando de algo que temos, quando poderíamos estar agradecendo. Sempre há um motivo para agradecer, sempre há um motivo para estarmos contentes. É uma lição que deveríamos saber desde sempre, mas esquecemos. Pollyanna me lembrou disso, e desde que finalizei a leitura, não consigo mais esquecer e colocar em prática. 


O livro me foi recomendado há anos, e eu demorei para comprar e ler por teimosia mesmo. Eu adoro livros infanto-juvenis que carregam essa doçura e inocência característica da infância, e os clássicos antigos ganham mais ainda meu coração. Pollyanna é uma leitura altamente recomendável, até mesmo obrigatória, porque não há como conhecer a personagem, o jogo e toda sua luz, sem se sentir emocionado. 

É encantador, bonito e inesquecível.