Oi, gente!

oi, Rafa!

Tudo bem com vocês? Depois do que pareceram séculos, estou aqui de volta para trazer a resenha de um livro que me pegou de surpresa. As Agentes Secretas de Paris, da autora Pam Jenoff, foi uma das minhas leituras da Maratona Literária de Inverno, ou a Booktubatona 2.0, e eu não poderia ter escolhido melhor para o desafio de Ficção Histórica.


Já conhece esse livro? Não? Dá uma olhada:

1946, Manhattan
Um ano depois do fim da Segunda Guerra Mundial, Grace Healey encontra uma mala debaixo de um banco da Grand Central Station, em Nova York. Incapaz de resistir à própria curiosidade, ela abre a bagagem e descobre uma dúzia de fotografias de mulheres com seus nomes escritos no verso. Em um momento de impulso e sem saber muito bem por quê, Grace pega as fotos e rapidamente deixa a estação.
Ela logo descobre que a mala pertencia a Eleanor Trigg, líder de uma rede de agentes secretas inglesas durante a guerra. Doze delas foram enviadas para a França ocupada pelos nazistas como mensageiras e operadoras de rádio para ajudar a resistência, mas nunca voltaram para casa. Na tentativa de descobrir a verdade sobre as mulheres nas fotografias, Grace se vê envolvida na história de uma jovem mãe e agente chamada Marie, cuja missão desafiadora revela uma surpreendente história sobre amizade, bravura e traição.
Vividamente narrado e inspirado em casos reais da Segunda Guerra, Pam Jenoff, autora best-seller do The New York Times, apresenta uma história de incríveis heroínas que ajudaram a derrubar o nazismo. Do ponto de vista de Grace, Eleanor e Marie, a autora cria um admirável romance sobre coragem, sororidade e a força das mulheres para frente às piores circunstâncias.

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀O livro nos apresenta a história de três mulheres, durante e após o difícil período da segunda guerra mundial. Cada uma com um passado e uma história, indo atrás de um objetivo. São três mulheres fortes, nenhuma se encaixando em padrão de vida feminino, ainda mais da década de '40, o que me deixou bem feliz. Eu sabia diferenciar a personalidade de cada uma durante a leitura, mesmo que não fosse colocado no início de cada capítulo o nome de cada uma, para situar o leitor.

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀Grace, recém viúva, ainda muito jovem e com uma vida feliz interrompida pelo trágico acidente que matou seu marido, Tom, é quem começa a desenrolar os mistérios envolvendo as Agentes Secretas, mesmo que o faça sem querer -- de início. Os capítulos dedicados à personagem trazem uma janelinha para sua vida, nos fazendo sentir próxima a ela, mas o objetivo da narrativa de Grace é nos ajudar a desvendar os mistérios, como se ela também fosse uma leitora, e estivesse numa conversa conosco, destrinchando cada novo pedaço de informação que nos foi dado nos capítulos anteriores.

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀Eleanor é a personagem mais importante para o enredo das Agentes, mas é a que menos aparece no livro. É a cabeça das ações, é quem escolhe e cuida das garotas, além de prepará-las para o treinamento. As garotas algumas vezes expressam não gostar de Eleanor, mas Marie, uma das agentes escolhidas pessoalmente por Eleanor, vê nela alguém com alma e coração, e não apenas aquele semblante frio que deixa transparecer.

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀Marie foi minha personagem favorita. Ela cresceu imensamente ao decorrer do livro, de uma mãe solteira com medo do que poderia encontrar em campo, a uma agente corajosa e disposta a dar tudo de si para salvar as operações. A garota começa despreparada e por vezes se arrependendo de ter dito "sim" para aquela loucura e embarcado sem passagem de volta para os treinamentos, mas, ao encontrar amizade e certo conforto com as outras agentes, começa a crescer nela o instinto de combate. Ela, como qualquer um dentro daquele cenário catastrófico, só quer fazer o que é melhor para salvar os seus.

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀Nesse emaranhado de histórias e acontecimentos, acompanhamos as Agentes durante o treinamento, suas dúvidas quanto aos deveres e as angústias dos seus passados. Aprendemos sobre o sofrimento que levou cada uma a estar ali, a dar o sangue e possivelmente a vida por uma batalha que nem pediram para entrar, em primeiro lugar. 

 ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀A narrativa leva seu tempo, sem correr com os acontecimentos, por vezes nos deixando mais a par dos pensamentos e das dúvidas das personagens, do que acontece internamente, antes de desenrolar todas as ações. Essa é uma característica que pode afastar leitores mais ávidos por tiro, porrada e bomba, mas para quem gosta de livros dirigidos por personagens, é um A+. 

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀A escrita de Pam Jenoff foi o que, primeiro, me deixou obcecada pelo livro. A leitura voava sem que eu percebesse, além de ser poética, mas não pretenciosa. Muito gostoso de ler. Se tudo o que essa mulher escreve for assim, podem ter certeza que lerei todos os livros que estamparem seu nome na capa.

Recomendo para quem gosta de: ficção histórica, enredos envolovendo a segunda guerra mundial, mistério & uma pitada de romance.
 
⭐⭐⭐⭐⭐

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oi, Rafa!

Tudo bom?!

Hoje venho com a resenha de um livro muito gostosinho que li no final de Julho. Foi uma surpresa, pois eu praticamente não conhecia o enredo, nunca tinha lido nada da Autora, e não sabia o que esperar. É assim que mais gosto: sem expectativas. Ouvi o Audiobook em menos de um dia. Vem saber o que eu achei!

Autora: Sandhya Menon ||  Páginas: 384 || Lançamento: 2017 || Gênero: YoungAdult || Sinopse: Dimple Shah tem seu futuro inteiro planejado. Depois de se formar no colégio, ela está mais do que pronta para se distanciar um pouco da família, da obsessão inexplicável da mãe por encontrar o “marido indiano ideal” para ela. Dimple sabe que os pais devem respeitar pelo menos um pouco os princípios dela, no entanto. Se eles realmente acreditassem que ela precisava de um marido agora, não iriam pagar um programa de verão para aspirantes a programadores, não é mesmo?
Rishi Patel é um romântico incorrigível. Então, quando os pais contam que a futura esposa dele vai participar do mesmo programa de verão que ele — onde ele terá que cortejá-la —, Rishi fica super empolgado. Porque por mais idiota que pareça, Rishi quer um casamento arranjado e acredita no poder da tradição, estabilidade e fazer parte de algo muito maior.
Dimple e Rishi podem até pensar que entendem um ao outro, mas quando os opostos se encontram, o amor trabalha duro para existir de maneiras inesperadas.
Nesse livro conhecemos Dimple, uma adolescente de descendência indiana que está ansiosa para se livrar dos seus pais rígidos e do possível casamento arranjado que eles têm planejado para ela. Dimple só quer entrar na faculdade e começar a sua vida livre, como ela sempre imaginou. Do outro lado conhecemos Rishi, um jovem também de descendência indiana, mas que, ao contrário de  Dimple, esta ansioso para começar a sua vida seguindo a mesma linha dos seus pais, com um casamento arranjado, uma noiva indiana e um futuro repleto de filhos e amor.

Eu praticamente nunca tinha ouvido falar desse livro, até que baixei no Audible e, a partir disso, em todo vídeo que via de booktubers americanas, aparecia ele. De repente ele estava em todo lugar, e todo mundo falando muito bem! Então, obviamente, procurando uma leitura levinha, acabei ouvindo/lendo a história de Dimple e Rishi (alternando entre o áudio e o e-book). E não me decepcionei.

Dimple é uma jovem de descendência indiana, mas nasceu na América do norte, e não se sente muito confortável envolvida na cultura de seus pais. Dimple dá alguns discursos feministas, sobre como a beleza não é tudo o que importa numa mulher, e que ela está muito mais interessada no cérebro e na inteligência, e como não precisa pensar em casamento tão cedo. Eu adorei a forma de pensar de Dimple, e me identifiquei com ela em vários momentos. Ela também é divertida, uma personagem muito gostosa de acompanhar.

Rishi é outro personagem interessante. Tudo o que ele quer é o felizes para sempre que vê na relação dos seus pais, e ele aceita muito fácil seu destino. Romântico, engraçado e bonito, Rishi e o típico mocinho apaixonante de comédias românticas. E eu amei.

Adorei o primeiro encontro dos personagens. Ri bastante com o Rishi e com as interações dos dois, e estava cada vez mais animada em vê-los juntos. O livro se desenvolve enquanto Dimple e Rishi estão participando de uma "convenção" de tecnologia – a Insomnia Con –, desenvolvendo um aplicativo para "ganhar" a Insomnia Con e o prêmio. Para Rishi, a convenção significa só uma coisa: se aproximar de Dimple. Já para a garota, o prêmio e tudo o que importa, já que está dentro de seu sonho. Entre reuniões, tarefas, tecnologia e risadas, Rishi e Dimple descobrem o inevitável: que o amor sempre dá um jeito de se infiltrar, mesmo entre dois tão opostos.
When Dimple Met Rishi foi uma leitura muito agradável e divertida. Eu ri em várias partes do livro, e voei durante a leitura, que passou rapidinho. As raízes indianas dos personagens trouxe algo diferente para o livro, e eu pude aprender algumas coisinhas sobre o país e a cultura. Embora não seja abordado com tanta frequência, a decendência dos personagens faz diferença na narrativa, principalmente no áudiobook, que adicionou sotaque aos diálogos <3 amei esse toque. 

Entretanto, houve um problema com a leitura: é bastante clichê, e se torna previsível em alguns momentos. Consegui descobrir quais seriam as reações dos personagens em determinadas situações mais de uma vez. Para quem se incomoda com isso, é um problema, mas para mim foi algo que deixei não me fez "desgostar" do livro. 

Recomendo para quem gosta de romance adolescente, clichês e procura uma leitura mais leve.