Oi, gente.

Oi, Rafa!
Estreou na Netflix nessa quarta-feira, 26/02, a série I Am Not Okay With This. E eu trouxe nesse post uma review da primeira temporada. Vamo lá?!

Sinopse: Sydney (Sophia Lillis) é uma adolescente que enfrenta turbulências típicas dessa fase da vida, como problemas de relacionamento com a família, o dia-a-dia no ensino médio e sua sexualidade em desenvolvimento. Tudo seria mais fácil se uma série de superpoderes misteriosos também não estivessem despertando dentro dela.

A série não nega que seja dos mesmos produtores de The End of the F**king World e Stranger Things. Gira em torno de uma adolescente deslocada, com problemas mais sérios do que aqueles do dia-a-dia normal dos adolescentes, como o suicídio do pai há pouco tempo e a distância da mãe, a deixando sozinha a todo momento, cuidando de um irmão mais novo e das tarefas da casa.  Syd encontra em Stanley alguém parecido com ela, que pode lhe ajudar a lidar com as dificuldades de ser alguém comum. E também com a recém descoberta de que, ah, ela tem... superpoderes.

O primeiro episódio da série é basicamente o trailer inteiro, nenhuma novidade... As surpresas ficam mais para os outros 6 episódios de 20 minutos.
Syd e Stanley têm uma química divertida de assistir por duas horas e vinte minutos sem interrupção, não tornando a série cansativa — pelo contrário, eles são cativantes. O Stanley, aliás, se tornou aos poucos meu personagem favorito da série. Ele cresceu mais do que eu esperava, e eu só queria um episódio de 1h de interação entre ele e Syd, as conversas e as bolas de boliche. Dina, personagem que completa o trio principal, ganhou destaque pra mim no episódio 5, o meu favorito dessa primeira temporada.
A trama se passa nos tempos atuais, mas os personagens brincam com tecnologias antigas como VHS e Vinil, e a série não depende de tecnologias ou atualidades para andar com o enredo. O cenário de cidade pequena nos acolhe ainda mais nessa ilusão de tempo, e cenários como a pista de boliche e o interior de casas americanas construídas nos anos '60 e nunca reformadas para a modernidade ajudam ainda mais.

A trilha sonora de I Am Not Okay With This é gostosa de acompanhar, e não é nenhuma surpresa. As músicas que embalam Stranger Things e The End of the F*cking World são sensacionais. Nos acostumamos tão bom com a música construindo momentos na tela, que quando tudo está em silêncio sabemos que alguma conversa importante está acontecendo, ou algum momento chave está prestes a rolar.

A série constrói suspense sobre alguns acontecimentos futuros, nos deixando à frente alguns episódios, só para voltar para o início e fazer o espectador questionar o que levou até aquilo (como o momento de Syd correndo ensanguentada na rua, seguida pela polícia, no segundo episódio, lembrando muito Carrie, A Estranha).
Ao assistirmos ao trailer, podemos ter ideia de que os "poderes" da Syd (telecinésia e hum mais algumas coisas) são o centro da história, mas acontece muito mais do que apenas a garota descobrindo essa nova parte da sua vida – envolve relacionamentos, amizades, dramas familiares e simplesmente os sentimentos confusos que tomam conta de qualquer adolescente nessa fase de descobertas.

I Am Not Okay with This é mais um acerto da Netflix no catálogo para teens, com um  final inesperado que nos faz pedir desesperadamente para que a Netflix produza uma segunda temporada PRA JÁ, por favor.

O elenco da série conta com dois rostos já conhecidos do público que está ligado em cinema, tendo participado juntos da adaptação do livro de Stephen King, It – A Coisa, em 2018, Wyatt Olef (Stanley) e Sophia Lillis no papel principal, Sydney. Além de ter Sophia Bryant, Kathleen Rose Perkins, Aidan Wojtak-Hissong e Richard Ellis como elenco de apoio.
*A série é baseada na HQ de mesmo nome, lançada em 2017 por Charles Forsman.