Isso não é uma resenha.
Eu não ousaria fazer resenha desse livro, mas eu precisava postar sobre ele em algum lugar, fazer as pessoas saber da existência de um livro assim, sabe?

Outros Jeitos de Usar a Boca é o tipo de livro que, assim, de primeira, não me atrai. 
Está ali, repleto de poemas, um pequenininho, algum que toma mais de uma página, e eu estou aqui, na minha, procurando romances que tomem algumas horas do meu dia para serem lidos. E um livro tão forte, e ao mesmo tempo breve, como o de Rupi, não me chamaria a atenção. Mas, por indicação de um amigo (oi fredo), eu li. E, ah, que bom que eu li. 

Porque, olha... que livro. 

Alguns poemas vêm acompanhados de uma ilustração, feita pela própria autora, que nos deixa ainda mais tocados. Pode ser bonitinho, pode ser doloroso. São poemas, estão ali para tocar pessoas e tocou a mim. Vários deles. Li o e-book e, chegou um momento em que eu terminava de ler um poema e tirava o print da tela. Instantaneamente pensei que esse livro, se eu o tivesse físico, ficaria na minha cabeceira por um bom tempo. 
Créditos: delivroemlivro.com.br 
Você, se navega pelo YouTube, deve ter visto o canal da JoutJout falando sobre. Ela, pisciana como eu, ficou extremamente tocada pelo livro, e fala dele com tanta paixão, que foi inevitável não concordar com cada parte daquele vídeo. Muito se fala também, em Outros Jeitos de Usar a Boca, sobre feminismo. O corpo da mulher, as vontades e os quereres da mulher. Poemas falam sobre o que é ser mulher, e o que é reconhecer uma mulher a sua frente, vê-la muito além da beleza feminina - mas não é um livro para mulheres exclusivamente. É um livro para ser lido e compreender o que é ser mulher, em vários aspectos.

Claro, eu não me senti representada em todos os poemas. O livro é dividido em quatro partes, e cada uma delas foca num sentimento. Amor, Dor... etc. (eu não lembro as quatro exatas, mas lembro do que tratam), e por eu estar em um relacionamento saudável e duradouro, atualmente, me identifiquei com quase todos os poemas da parte "amor". Na parte seguinte, onde a autora narra sobre a cura depois de perder alguém, eu não me identifiquei (pois não passei por isso romanticamente) mas eu SENTI o que ela estava transmitindo. Eu pude ver o tamanho do sentimento dela, tudo o que precisava sair, e ali estava: em poemas. Curtos, médios, longos, esperançosos, destruidores. E essa é a função do poema: conseguir penetrar o leitor e fazer com que sinta-se tocado. 

E olha que eu nem sou a maior leitora de poemas. 
Nem a menorzinha. 

Mas esse livro... que livro!



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Um Comentário

  1. Que interessante. Nunca tinha ouvido falar desse livro, até porque quase nunca leio poemas, mas você falou com tanta emoção dele que até deu vontade de ler para ver como é :)

    www.vivendosentimentos.com.br

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