Oi, gente! 

Oi, Rafa. Tudo bem com vocês?

Vamos de resenha de livro de autora favorita hoje?! Sophie Kinsella sempre está entre minhas leituras do ano, não pode faltar. O livro da vez foi Samantha Sweet - Executiva do Lar. 


Título original: Undomestic Goddess ||  Autor(a): Sophie Kinsella || Páginas: || Editora: Record || Sinopse: Meu nome é Samantha, tenho 29 anos. Nunca assei um pão na vida. Não sei pregar botão. O que sei é reestruturar um contrato financeiro e economizar 30 milhões de libras para meu cliente. Samantha Sweet é uma advogada poderosa em Londres. Trabalha dia e noite, não tem vida social e só se preocupa em ser aceita como a nova sócia do escritório. Ela está acostumada a trabalhar sob pressão, sentindo a adrenalina correr pelas veias. Até que um dia… comete uma grande mancada. Um erro tão gigantesco que pode destruir sua carreira. Samantha desmorona, foge do escritório, entra no primeiro trem que vê e vai parar no meio do nada. Ao pedir informação em uma linda mansão, é confundida com uma candidata a doméstica e lhe oferecem o emprego. Os patrões não fazem idéia de que contrataram uma advogada formada em Cambridge, com QI de 158, e que não tem a menor noção de como ligar um forno! O caos se instala quando Samantha luta com a máquina de lavar… a tábua de passar roupa… e tenta fazer cordon bleu para o jantar… Mas talvez não seja tão incapaz como doméstica quanto imagina. Talvez, com alguma ajuda, ela possa até fingir. Será que seus patrões descobrirão que sua empregada é de fato uma advogada de alto nível? Será que a antiga vida de Samantha irá alcançá-la? E, mesmo se isso acontecer, será que ela vai querer de volta? A história de uma mulher que precisa diminuir o ritmo. Encontrar-se. Apaixonar-se. E descobrir para que serve um ferro de passar.. 
A Sophie é o tipo de mulher que pode escrever sobre qualquer coisa, mesmo as mais pesadinhas, e mesmo ssim transmitir uma leveza na narrativa, deixando-a gostosa e engraçada. Mesmo falando sobre esgotamento emocional, sobre workaholics, sobre carga horária abusiva e traições no meio de trabalho. 

É impressionante essa capacidade de criar personagens cativantes e situações para lá de curiosas. A Sophie nunca cai na mesmice, todos seus livros têm algum diferencial. Uma premissa simples, mas que não se limita. É muito bom ler um livro da Sophie Kinsella, pois mesmo sendo o tipo de livro "clichê", ele rompe as barreiras e se torna algo mais. Ela inova dentro do que já está saturado, e se torna inesquecível por isso.

Chick-lit é um gênero, eu percebi depois de ler vários livros dessa subcategoria, que se torna fácil cair na estagnação. São livros sobre mulheres, falando sobre o universo feminino, geralmente escritos por mulheres, geralmente também envolvendo situações engraçadas, personagens irreverentes e um romance gostosinho. Então, sendo essa a fórmula, é muito comum cair na armadilha e escrever um livro "mais do mesmo". Mas com a Sophie Kinsella é salvo dizer que essa expressão não se encaixará em nenhum de seus livros. Eles são diferentes, e ainda assim estão dentro da mesma categoria. É o estilo da Sophie, é o segredo dela. E que ela continue com ele.

Samantha Sweet - Executiva do Lar não entrou no meu Top 5 favoritos da Sophie, mas foi uma leitura prazerosa, como todas as outras, e eu gostei bastante. O livro consegue ter mais de 400 páginas e fazer a gente ler tão rápido quanto leria um livro de 250 páginas (algo que eu identifico também como "o efeito Sophie")! Só não entrou no meu Top 5 pois já li bastante livros dela, e é impossível todos estarem no topo HAHAHA!


Oi, gente!

Oi, Rafa. Tudo bem com vocês?

Sou do tipo de pessoa que ama filmes & cinema, mas não vai muito ao cinema para assistir filmes. Uma combinação de fatores, mas é isso. Esse mês, entretanto, me surpreendi com duas idas ao cinema, e os dois filmes foram muito gostosos de ver. O outro foi Ready Player One, e eu planejo falar dele em breve, mas o que venho aqui comentar é A Quiet Place, com Emily Blunt, Josh Krasinski, Noah Jupe e Millicent Simmonds

Um Lugar Silencioso foi escrito, dirigido e atuado por Josh Krasinski, e se você acha que já viu esse rosto, ele era um dos personagens recorrentes em The Office. O ator é conhecido pela comédia, mas aqui nesse terror aparece brilhante. 

O filme se passa no mundo pós apocalíptico e a raça humana está pert oda extinção depois que o planeta foi habitado por criaturas gigantes e assustadoras. O que se sabe sobre os "monstros" é que eles são cegos, são também sensíveis a som e são incrivelmente brutais. O mundo é realmente um Lugar Silencioso agora. O mínimo barulho pode atrair uma dessas criaturas, não importando a distância. 
A cena ce abertura do filme já é incrível. Sem palavra alguma o filme consegue nos mostrar a realidade daqueles personagens, nos deixa à par do que está acontecendo com o mundo e ali no momento em que somos inseridos na vida dos personagens. 

Por falta de diálogo com vozes, o filme faz um ótimo uso de imagem, com jornais e fotos mostrando noticiários sobre o caos que se instalou na Terra, além de usar também a língua de sinais. O casal principal do filme tem três filhos, e um deles, a menina, é surda, o que facilitou para eles a imersão na linguagem de sinais. 
Então! Eu não sou a maior fã de terror. Porque esse gênero é muito fácil de cair numas armadilhas esquisitas cheias de clichê, e uma boa maioria não se preocupa com a história, só com os sustos. Bem, aqui eu me surpreendi e saí muito feliz do cinema, depois da 1h40min de filme que passaram como meia hora. O filme se preocupa tanto com a história quanto com os sustos, um completando o outro. 
Além de um ótimo enredo, o filme conta com boas atuações, boa direção, uma fotografia linda (devido às paisagens naturais, e por não haver nada de urbano inserido, praticamente), e, um destaque também deve ser dado aos efeitos de som do filme! Caramba, a trilha sonora está perfeita, nos guiando pela história sem nem percebemos que estamos sendo levados. A trilha consegue seguir nossos sentimentos, acelerar quando estamos com o coração acelerado, parar quando estamos prendendo o fôlego e aumentar quando estamos prestes a levar aquele susto. Além da trilha, há realmente o som do filme que é maravilhoso e muito importante.
Por ser um filme quase sem falas, qualquer ruído é ouvido. Uma pisada no chão, o farfalhar das folhas, o vento batendo nas roupas, as pisadas aceleradas numa corrida. Todo pequeno som do filme está presente, e isso é sensacional. Se você tiver a oportunidade de ir ao cinema vê-lo, não faça barulho. É muito ruim assistir qualquer filme com barulho na sala, mas esse é pior ainda. Dito isso, boa sorte, porque eu tive que aguentar, nos primeiros minutos, um grupo de adolescentes dando risadinhas no meio da sessão. HAHAHA *rindo de nervoso*
Eu gostei muito do filme. Tomei susto várias vezes (porque sou medrosa mesmo), prendi o fôlego, senti uma ansiedade angustiante, temi pelos personagens e quase chorei em algumas partes. Foi uma ótima experiência, e o tipo de filme que eu quero ver de novo. Recomendadíssimo! Mesmo que você não goste de terror, dá uma chance. O filme surpreende!


ROTTEN TOMATOES

NOTA:

Oi, gente!
Oi, Rafa. 

Tudo bem com vocês?

Vamos de resenha de clássico hoje?

Pollyanna, de Eleanor H. Porter, foi escrito em 1913 e desde então se consagrou clássico, com diversas adaptações para o cinema, incluindo uma da Disney, de 1960, e uma continuação literária, Pollyanna Moça, de 1915. E é ele que eu trago pra vocês hoje!


Título original: Pollyanna || Ano: 1913 || Autora:  Eleanor H. Porter || Editora: Autêntica || Sinopse: Órfã e pai e mãe, Pollyanna, uma menina de 11 anos, é acolhida pela tia Polly, sua única parente viva. Rica e intransigente, a tia é desprovida de compreensão e afetividade, e recebe a menina em sua casa como um dever. Pollyanna, por sua vez, é uma menina encantadora, que a todos conquista com sua paixão pela vida e pelas pessoas, seu otimismo, sua alegria de viver... e o Jogo do Contente, que pratica e ensina a quem quiser aprender. Um jogo em que ninguém perde, todos ganham – e se transformam. Clássico da literatura juvenil universal, publicado em 1913, esse livro vem encantando gerações de leitores de diferentes idades em diversas línguas, tendo se tornado leitura obrigatória e necessária a quem quiser ver a vida sem amargura, descobrindo sempre o lado bom de tudo.

Pollyanna é uma garotinha de 11 anos órfã de pai e mãe, e agora precisa viver sob os cuidados da sua tia, Polly, uma mulher rica, porém infeliz, que mora sozinha com os empregados num casarão na cidadezinha de Beldingsville, Vermont. A última coisa que Miss Polly precisa é de uma criança, e ela deixa isso bem claro no seu tratamento para com a menina logo em seu encontro.

Mas o que Miss Polly não sabe, nem imagina, é que Pollyanna não é uma criança qualquer.

Filha de um pastor, a menina foi criada por “senhoras da igreja”, recebendo sempre doações de roupas, brinquedos, necessidades. Um dia, quando pediu muito uma boneca, mas ao invés disso recebeu na caixa de doações um par de muletas, Pollyanna entristeceu. Mas logo seu pai tratou de lhe alegrar contando sobre o Jogo do Contente.

O Jogo do Contente é um jogo em que ninguém perde, todos ganham. Consiste em achar o lado bom em todas as situações, até nas que parece impossível tirar alguma coisa boa. Na ocasião das muletas, Pollyanna ficou feliz porque, embora as tenha ganhado, não-precisava-delas! Quando perdeu os pais e se viu órfã, Pollyanna podia parecer não ter nenhum motivo para se manter contente, mas ficou, pois assim pôde conhecer a tia Polly e ir morar numa casa linda, com um campo grande, árvores na paisagem e um quarto só para ela.

É o Jogo do Contente que Pollyanna ensina a Nancy, a empregada de tia Polly, e logo o espalha por toda a cidade. Até os moradores mais carrancudos, infelizes e isolados da cidadezinha acabam se encantando pela garota, e enxergando a beleza por trás do Jogo.

Pollyanna não é um clássico à toa. O livro, caracterizado como infanto-juvenil, é daqueles que, mesmo se passando anos, a leitura continuará com o mesmo impacto. A mensagem de positividade e otimismo de Pollyanna é válida e enriquecedora. Por que todos nós não podemos jogar o Jogo do Contente, trazê-lo para a realidade? Em várias ocasiões é preciso, pois estamos sempre reclamando de algo que temos, quando poderíamos estar agradecendo. Sempre há um motivo para agradecer, sempre há um motivo para estarmos contentes. É uma lição que deveríamos saber desde sempre, mas esquecemos. Pollyanna me lembrou disso, e desde que finalizei a leitura, não consigo mais esquecer e colocar em prática. 


O livro me foi recomendado há anos, e eu demorei para comprar e ler por teimosia mesmo. Eu adoro livros infanto-juvenis que carregam essa doçura e inocência característica da infância, e os clássicos antigos ganham mais ainda meu coração. Pollyanna é uma leitura altamente recomendável, até mesmo obrigatória, porque não há como conhecer a personagem, o jogo e toda sua luz, sem se sentir emocionado. 

É encantador, bonito e inesquecível.



Oi, gente!
oi, rafa!

Tudo bem com vocês!?

Hoje vim trazer mais uma resenha aqui pro blog, e essa é uma daquelas resenhas difíceis de escrever, porque - spoiler - eu gostei bastante do livro, e é complicado escrever arbitralmente quando a gente está falando de algo que adoramos, né?
Mas, segue aqui e lê um pouco do que eu achei do último livro lançado do John Green, Tartarugas Até Lá Embaixo:

Título Original: Turtles All the Way Down || Ano: 2017 || Autor: John Green || Páginas: 267 || Editora: Intrínseca || Sinopse: Depois de seis anos, John Green, o autor do inesquecível A culpa é das estrelas , lança o mais pessoal de todos os seus livros: Tartarugas até lá embaixo.
A história acompanha a jornada de Aza Holmes, uma menina de 16 anos que sai em busca de um bilionário misteriosamente desaparecido – quem encontrá-lo receberá uma polpuda recompensa em dinheiro – enquanto tenta lidar com o próprio transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
Repleto de referências da vida do autor – entre elas, a tão marcada paixão pela cultura pop e o TOC, distúrbio mental que o afeta desde a infância –, Tartarugas até lá embaixo tem tudo o que fez de John Green um dos mais queridos autores contemporâneos. Um livro incrível, recheado de frases sublinháveis, que fala de amizades duradouras e reencontros inesperados, fan-fics de Star Wars e – por que não? – peculiares répteis neozelandeses.
"Quando eu me dei conta pela primeira vez de que eu talvez fosse fictícia, meus dias eram passados numa escola na região norte de Indianápolis, chamada White River High School, onde forças maiores que eu - tão maiores que eu nem saberia por onde começar a identificá-las - delimitavam meu almoço a um intervalo de tempo determinado, entre 12h37 e 13h14. Se essas forças tivessem optado por um horário diferente, ou se meus colegas de mesa que ajudaram a escrever meu destino houvessem escolhido um assunto diferente para uma conversa naquele dia de setembro, minha história teria tido um fim diferente - ou ao menos um meio diferente. Mas eu tava começando a entender que a vida é uma história que contam sobre nós, não uma história que escolhemos contar."

É com esse primeiro parágrafo intrigante que Aza Holmes começa a nos contar sua história. Com uma dúvida sobre ser "fictícia", a garota já me deixou curiosa para saber onde as coisas iam levar, e o porquê desse termo. Pensei diversas vezes sobre o que queria dizer, até começar a ler o livro de fato, e entender que, dentro da cabeça da Aza, nada é tão simples como na cabeça de alguém que não se preocupa se tem ou não o controle das próprias ações - ou alguém que não sofre de TOC: Transtorno Obsessivo Compulsivo.

Aza é uma garota de 16 anos levando uma vida normal numa cidadezinha parada, o mais normal que uma adolescente pode ser, ou é o que aparenta no exterior. Por dentro, e aqui estaremos lendo realmente o que se passa dentro da cabeça de Aza, as coisas tomam proporções muito maiores, saindo do simples para o nível hard ao extremo.

Não fosse suficiente para a leitura as inquietações de Aza quanto aos micróbios tomando controle sobre seu corpo, o livro gira em torno também de um desaparecimento, um mistério para tentarmos solucionar junto com Aza e Daisy, sua melhor amiga tagarela superfã de Star Wars. O milionário Russell Pickett sumiu do mapa um dia antes de ser condenado. A recompensa é de 100mil dólares, oferecida pela imprensa, e, convencida por Daisy, Aza aceita reestabelecer a "amizade" que tinha com o filho do tal milionário, Davis. 

Davis e Aza se conheceram no acampamento para crianças que perderam um dos pais, e, quando mais novinhos, construíram uma amizade baseada em silêncio e contemplação do céu. Por mais tempo que tenha passado, Davis se lembra de Aza e aprecia sua "visita", mesmo que tenha vindo numa hora em que todo mundo está tentando tirar proveito da posição de "filho do milionário desaparecido" para sugar do garoto o máximo de informações possível a fim de colocar a mão nos cem mil oferecidos de recompensa. 

"É muito raro encontrar quem veja o mesmo mundo que o seu"

Embora a maioria dos resumos e sinopses do livro falem do desaparecimento de Pickett como a chave do livro, eu não acho que seja realmente. Na verdade, toda essa história da "investigação" que Aza e Daisy fazem acerca do caso, fica de plano de fundo na história. Não é o principal. E isso é ótimo! Foi isso que  me fez gostar mais da leitura, porque eu estava mais interessada em ler sobre o dia-a-dia da Aza e a "batalha" contra seus próprios pensamentos, seja em qualquer cenário, que até esqueci, em algumas partes, que ela estava atrás de descobrir o paradeiro do milionário. 

Ler sobre o transtorno da Aza em primeira pessoa foi intenso demais. O John, tendo prioridade para falar do assunto, descreveu muito bem essa disputa pelo controle dos seus próprios pensamentos. Eu, que nunca tinha parado para pensar sobre os pensamentos de uma pessoa com TOC, pude quase sentir de fato como era para a Aza estar dentro da sua própria mente. Se sentir presa dentro da sua própria cabeça, não conseguir fugir, e querer a todo custo se livrar daquilo, mas achando cada dia mais que era impossível... 

Foi angustiante estar lá dentro da cabeça dela, lendo o turbilhão de pensamentos que a invadiam de uma hora para outra, quando tudo parecia bem e sob controle. Aza não tinha controle. 

Adorei a forma como o John Green escreveu sobre a vida da personagem. Uma adolescente por oras normal, mas com algo muito maior tomando conta de si. Algo que ninguém via, que é invisível para os outros, mas dominante para ela. Gostei dos personagens, embora nenhum deles esteja no centro, portanto não seja tão desenvolvido quanto a Aza, isso não me incomodou muito, não. Gostei de conhecer a Daisy e sua obsessão por Star Wars; Davis e o conhecimento sobre constelações, planetas e galáxias; e também a tuatara, o primeiro réptil neozelandês milionário desse mundo. HAHAHA

Com a escrita leve, mesmo tratando de assuntos pesados e dramáticos, John Green conseguiu me conquistar mais uma vez. Recomendo Tartarugas Até Lá Embaixo para quem gosta de Young Adult, livros juvenis - não necessariamente romances. Turtles All The Way Down é uma leitura agradável e rápida, e vai te fazer refletir, sorrir e se emocionar. 




Oi, gente. 
Oi, Rafa. 

Como estão?

Então... sabe aquele tipo de livro que você lê, AMA muito, pensa em escrever uma resenha, mas sempre que começa, fica divagando, porque não sabe como falar com coerência sobre uma coisa que você gostou muito? Então, eu tenho esse problema com meus livros favoritos, e Simon vs. a Agenda Homo Sapiens foi um desses livros. Eu terminei de ler, fiquei horas com o coração quentinho, pensando no livro, e não consegui escrever nada sobre. Nem um ponto. Pfff. Aí passaram dias, semanas, até que passaram meses e eu decidi não fazer mais HAHA
Agora, que tenho uma outra oportunidade de falar dessa história, aqui estou eu (Atrasada de novo).

Fui convidada pelo AdoroCinema a assistir a uma sessão exclusiva de "Com Amor, Simon", a adaptação de Simon vs a Agenda Homo Sapiens quase um mês antes da estreia do filme. Fiquei tão empolgada! Fui lá com todo meu amor pelo livro e pelos personagens, arrastei Vinicius comigo e lá fomos nós dois. A sessão foi muito bem organizada, a equipe atendeu a todos os convidados com muito carinho e cuidado, ganhamos pôster (que eu sorteei no instagram! Segue lá, tá aqui do lado, no sidebar!), ganhamos uma camisa fofa, pipoca, refrigerante e um assento confortável para ver o filme. Foi lindo, um dos melhores dias desse primeiro trimestre. E tudo ficou melhor porque minha impressão do filme foi ÓTIMA. 

Se você não conhece essa história (eu duvido muito), aqui vai um resuminho:

Simon Spier é um adolescente comum e está no ensino médio, aos dezessete anos, rodeado de amigos, faz parte de uma família amorosa, é inteligente e bonitin. Simon só tem um "problema": ele esconde um segredo de todos, e não sabe como isso pode definir o resto da sua vida. Simon é Gay. E, não, NINGUÉM sabe. Nem seus amigos mais próximos, nem sua família, ninguém. Só ele. E Simon não conhece ninguém com quem possa conversar sobre isso sem sentir o medo de ser rejeitado. Até que, num blog da escola, onde os alunos postam anonimamente, um garoto postou sobre ser gay e ninguém saber, e estar sempre escondendo essa verdade. Simon se relacionou instantaneamente com apostagem e enviou um e-mail para o garoto, que se intitulava Blue. Simon mandou com o nome de Jaques, e os dois começaram a se corresponder por e-mails cada vez mais constantemente. Simon se apega cada dia mais a Blue, por ele ser a pessoa com quem Simon pode ser 100% verdadeiro, e também por Blue ser a coisa mais adorável desse planeta. O problema acontece quando um garoto detestável da escola descobre o segredo de Simon e começa a chantageá-lo, dizendo que vai contar para todo mundo seu segredo. 

Uffa, acabou o "resuminho". 

Enfim, a história de amor de Simon e Blue conquistou os leitores por todo o mundo, e agora conquista os cinéfilos. A adaptação desse romance é o primeiro filme adolescente de um grande estudio com um protagonista LGBT, e essa é uma conquista gigantesca. Está agradando críticos, a grande massa e, claro, os leitores do livro de Becky Albertalli.

O filme é um "coming of age", o filme adolescente de high school, e poderia ser o tipo de filme adolescente que já estamos cansados de ver, mas é muito mais que só isso. O filme centra sua história num personagem gay. Abertamente falando sobre a questão LGBT, claramente mostrando as angústias e os sentimentos de Simon com naturalidade. A personagem mais "cobiçada" do filme, que todos os garotos estão a fim, é uma garota negra. A personagem melhor amiga do Simon é uma garota levemente acima do peso. Os garotos que despertam o interesse de Simon sobre ser ou não ser o Blue não são, nenhum, dentro dos padrões de beleza americano. É um filme que quebra padrões do começo ao fim. E isso é o que estávamos precisando.
Eu entrei no cinema com grandes expectativas e saí com um sorriso enorme no rosto (e um pouquinho de lágrimas também, mas de felicidade). O clima do filme é tão "quentinho" quanto o clima do livro. Eu li com um sorriso no rosto e com o coração derretendo, e durante o filme eu passei pelas mesmas sensações.  Eu ri, torci, me senti acolhida, chorei. Passei por tudo, em ambos. 
O filme, como adaptação literária, funcionou muito bem. A produção conseguiu trazer os personagens da mesma forma, o Simon do jeitinho que vimos nas páginas escritas por Becky, e as cenas tão bem escritas quanto. Não é 100% fiel, claro. É uma adaptação, e é necessário mudanças, cortes e algumas coisas adicionadas no roteiro para que seja bem adaptado para o cinema, pois é outra plataforma, é preciso mudar um pouco. E essas mudanças foram bem-vindas. Por exemplo, no filme é adicionado um personagem não conhecido no livro: um adolescente abertamente gay, estudante da mesma escola de Simon, que está ali para mostrar que Simon e Blue não são os únicos passando por essa fase de descobertas. E não serão os últimos. A cena de Simon e o personagem (me fugiu o nome agora) na sala diretoria é bastante importante para enxergarmos a percepção do filme sobre a questão homossexual. É um diálogo lindo.
Como filme, tirando a adaptação da cola, "Com Amor, Simon" não decepciona também. É um filme importante, uma bela produção e um elenco talentoso, tanto na frente quanto por trás das câmeras. Com o público alvo adolescente, é fácil de você reconhecer alguns rostinhos na telona. Katherine Langford e Miles Heizier, de 13 Reasons Why estão no filme, assim como o Keiynan Lonsdale, da série The Flash. 
Os atores veteranos também merecem destaque, como o núcleo da família de Simon, composto por Jennifer Garner e Josh Duhamel, os pais do adolescente. As cenas entre Simon e os pais são emocionantes, algumas das mais bonitas do filme. <3 
Recomendo que você vá ao cinema enquanto o filme ainda está em cartaz, porque é importantíssimo para que ele alcance cada vez mais um público maior. Uma comédia romântica como qualquer outra, que acontece de ter um casal gay no centro de tudo. Vai, corre pra ver a história do Simon, corre também para ler o livro, corre para conhecer essa história incrível. 



Oi, gente! 
Oi, Rafa.
Como estão? Hoje vim trazer a resenha de um livro que li há um tempinho e já deveria ter escrito a resenha, mas o tempo passa e a gente nem se dá conta, né? HAHAHA Agora cá estou eu me redimindo e escrevendo o que já deveria ter deixado pronto há séculos. Vamos lá?
O livro de hoje é "Save the Date: o Casamento de Lizzie e Darcy", um #OrgulhoNacional da autora Natalia Oliveira.


Páginas: 211 || Ano: 2017 || Autora: Natalia Oliveira || Sinopse: Lizzie – como a Lizzie Benett, aquela, de Orgulho e Preconceito, afinal seus pais são fãs de literatura inglesa –passou por maus bocados em seu relacionamento anterior, mas atualmente está de casamento marcado com um homem tão lindo quanto o Clark Kent. Enquanto todos se divertem e se apaixonam ao conhecerem sua história de amor por meio de seu blog de casamento, seu relacionamento passa por uma crise que ninguém poderia imaginar. Afinal, como um casal tão perfeito poderia estar prestes a se separar?Venha conhecer a história de amor e superação de uma protagonista tão atrapalhada e divertida, que te fará lembrar sua melhor amiga. Venha se apaixonar pelo nerd mais bonitão que você já imaginou. 



Lizzie e D. formam o tipo de casal perfeito. Encantam a todos, são divertidos e, mesmo depois de anos de relacionamento, estão apaixonados como nunca. A algumas semanas da data confirmada para o casamento, Lizzie começa a escrever num blog de casamento, uma forma de exorcizar sua ansiedade, contando aos amigos e convidados histórias sobre seu relacionamento com D. – Darcy.

Sim, Lizzie e Darcy, como no romance favorito de ambos os personagens, Orgulho e Preconceito.

É muito destino estarem juntos, e eles estão sempre citando o livro como inspiração. Para quem é fã de Jane Austen, referências são feitas a todo momento, e deve ser uma delícia ler sobre o casal “clone” do clássico. Eu, que não li Pride and Prejudice, não pude aproveitar essa vibe, mas pode ser tido como um ponto positivo para alguns leitores – a maioria, creio eu.
 “Save the Date” é um livro curtinho, com uma história simples, um romance água-com-açúcar do jeito que a gente escolhe entre outros na Amazon por ter a cara de livros que lemos em uma sentada, geralmente quando queremos nos livrar de uma ressaca ou outra.

Alguns pontos no livro me deixaram um pouco incomodada, como por exemplo, a falta de comunicação entre os personagens principais, e não apenas eles, mas alguns dos personagens secundários também só têm problemas com a protagonista porque Lizzie simplesmente não conversa com ninguém sobre os problemas, a não ser suas amigas – e elas não são lá de muita ajuda.

A Lydia foi outro problema para mim durante todo o livro. Lydia é a, digamos assim, “antagonista” do livro, a personagem “piranha” que já “roubou” um namorado da Lydia no passado e agora parece estar sempre dando em cima de Darcy. É a personagem feminina cansativa que só está lá para ser motivo de ódio pelos leitores e para reforçar a protagonista como pessoa boa e A Certa. A construção dessa personagem foi infeliz, e o desfecho foi corrido, sem explicação plausível. Faltou algo ali.

A sinopse do livro já fala sobre a crise que o casal está passando, e que ninguém imagina, por que um casal tão perfeito não aparenta passar por crises como essas… o problema é que a crise não é de fato uma crise. É uma invenção da cabeça da Lizzie – e do Darcy também. O problema é tão bobo e tão tempestade num copo d’água… o típico problema que só existe nos romances para que o livro tenha um enredo.
Foi uma pena que tenha se desenrolado dessa forma, pois a escrita da autora me agradou, e as avaliações como livro fofo e agradável conseguiram me ganhar, mas isso me decepcionou um pouco.

No geral, é um livro que romântico, com problemas, sim, mas que pode agradar os leitores menos exigentes e que não se importam com os problemas que citei na resenha. Um livro rapidinho, para ser lido em mais ou menos três horas (uma tardinha chuvosa) e quem sabe nos tirar de um período ruim de leitura.

Recomendo para: fãs de Orgulho e Preconceito, românticas de plantão e para quem está sofrendo de ressaca literária.

Avaliação: