Há muito tempo se houve falar sobre corações partidos.
E esses corações partidos sempre são quebrados por alguém. Está na hora de reconhecer que, na maioria dos casos, o dono do coração massacrado é o próprio culpado por sua destruição.

Não estou sendo insensível quando afirmo tal coisa. Estou sendo realista, e, acredite em mim: estou assumindo meus próprios erros. Já criei expectativas em cima de uma pessoa, acreditando fielmente que ela seria a salvação para todos os meus problemas. Mas ela, inocente, estava ali sem saber dos meus planos. Ela não tinha nada a ver com a ilusão criada em minha cabeça sobre paixões duradouras e amores verdadeiros. Ela estava ali para preencher um tempo, um capítulo de sua vida e, bum!, ir embora sem ter que dar mais explicações. E ela não foi nenhuma sem coração por ter agido dessa forma. Ela foi ela mesma. E eu? Eu me iludi sem a ajuda de ninguém. Criei expectativas em cima de alguém que nunca, NUNCA tinha me dado nenhuma esperança sobre nada. 

Nunca aconteceu com você? Pense direito. Lembre-se daquele seu término de namoro chocante, que veio sem mais nem menos. A pessoa estava, aparentemente, feliz ao seu lado, e no outro dia, não mais. Mas você já reparou nos sinais? Já pensou que, naquele relacionamento, o único a se doar por completo foi você? As pessoas são transparentes. Elas demostram o que sentem, ou, quando não demostram, fazem algo melhor: elas dizem o que sentem e como se sentem em relação a você

Está lá o tempo todos, mas nós, como sonhadores e iludidos, não enxergamos como verdadeiramente é. Tendemos a mascarar as palavras duras por segundas intenções e ler nas entrelinhas o que está escancarado e tatuado na testa da pessoa ao nosso lado o tempo todo. É comum, é comum até demais existir uma pessoa que ama mais. Se doa mais, cuida mais. E essa pessoa é a que mais cria expectativas, geralmente. E no fim, culpa o outro. Mas não há culpados se não ela mesma. Você mesmo. Quem criou cenários perfeitos para romances fadados ao fracasso. 


Agora, tudo o que precisamos fazer é encarar os fracassos como novos começos. Não distribuir culpa para ninguém - nem para si mesmo - e continuar tentando. Porque, de verdade, a sua culpa jogada para o outro não vai ferir ninguém, a não ser você mesmo.

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