Oi, gente!

oi, rafa!

Como vocês estão?

Quando se trata de leitores, há uma coisa que todos nós concordamos: ter uma estante cheia de livros é um sonho! E, por um tempo, eu pensava dessa forma: não importa quantos livros não lidos eu tenha na estante, uma hora vou ler todos, o que importa é estarem lá! Mas, até quando isso é realmente verdade?

O tempo passa rápido demais, e de repente a gente está olhando pra uma prateleira inteira de livros dentro de um gênero que não nos interessa mais. Parece que não, mas o tempo realmente voa. E o que não para? A publicação de novos livros. Semanalmente temos títulos novos e mais interessantes sendo lançados, livros que fazem mais o nosso estilo no momento, e que a gente sente mais vontade de ler, do que aqueles que estão na estante há 3 anos. 3 anos atrás eu queria ler fantasia, queria tentar ler distopia... Mas hoje em dia eu tô amando Thriller e nem sequer OLHO pra as fantasias na estante, pra fingir interesse.

Então, por que eu ainda os guardo?

Alguns livros eu não tenho mais a intenção de ler, e não me farão nenhuma serventia. Há pessoas que sei que vão amar, e que podem estar esperando essa oportunidade para lê-los. E eu não vou ler, então... 2+2, matemática simples.

Só que para chegar nessa conclusão não é tão simples assim. Leitores sempre vão querer livros! Sim, é verdade. Mas eu cheguei num ponto crítico. Estava sem espaço na estante, colocando livros em duas camadas, alguns eu nem sequer via, não tinha nem a desculpa que gosto de olhar pra eles (wtf né), e então comprei uma estante nova. Simples! Simples? Hum... A estante nova era duas vezes maior que a antiga, e mesmo assim não foi suficiente para todos os livros. Tive que manter a antiga e ainda instalar duas prateleiras. Uffa. E aí, tudo certo? Bem... Não. Eu ainda queria comprar mais livros. Eu sei, é um problema.

Quer dizer: era!

De repente, comecei a perceber que estava lendo MUITOS livros no Kindle. Kindle Unlimited, livros de graça, livros baratos, por menos de 5 reais... Livros em língua estrangeira, livros de gêneros que eu realmente quero ler, livros que só estão a um clique de distância! E eu amo o Kindle, amo essa praticidade. Mas mesmo comprando livros físicos, eu ainda estava lendo mais ebooks. 

Parece ÓBVIO agora, depois que eu tomei a decisão, mas antes era tão difícil pensar em me "livrar" dos livros (viu o que eu fiz ali? Hahaha?? enfim), e realmente, pensando desse jeito, eu nunca ia desocupar a estante. Mas, pensando por outro lado...

Resolvi, então, deixar na estante apenas livros que eu quero REALMENTE ler dentro de um ano (ou talvez 3, vai...) e também meus livros lidos e favoritos. Não se encaixa nessas categorias? Tchau! 

Assim, acabei tirando +/- 50 livros da estante! 50! Tipo, duas prateleiras de livros.  Tenho espaço na estante de novo! Não preciso comprar uma estante nova ou instalar prateleiras até o teto. Uffa!

Foi a melhor decisão que tomei desde que comecei a colecionar livros (esse termo colecionar, para livros, continua sendo estanho...). Com absoluta certeza ainda quero uma estante cheia. Mas quero uma estante cheia com livros que eu amo, ou que fizeram a diferença pra mim, ou livros que eu tenho um feeling que vou adorar ler. Depois disso, podem seguir em frente. 

Minha meta agora é comprar apenas ebooks, e desses, colocar na estante apenas os que se tornarem favoritos. Quero olhar e ver uma estante cheia de amor, e não algo que me dá ansiedade pensando em quando vou ler tudo aquilo... Ugh.

E você, já desapegou dos seus livros? Ou melhor, já admitiu que na estante tem pelo menos 10% de livros que você não tem mais a intenção de ler?


Bem gente, foi isso! Espero que tenham gostado do posto diferente de hoje hahaha

Beijos, até o próximo! 


Oi, gente! 

Oi, Rafa <3 A resenha de hoje é de um dos meus livros favoritos! Evelyn Hugo me deixou apaixonada -- assim como fez com toda Hollywod. Vamo ler?!


Sinopse: Lendária estrela de Hollywood, Evelyn Hugo sempre esteve sob os holofotes – seja estrelando uma produção vencedora do Oscar, protagonizando algum escândalo ou aparecendo com um novo marido... pela sétima vez. Agora, prestes a completar oitenta anos e reclusa em seu apartamento no Upper East Side, a famigerada atriz decide contar a própria história – ou sua "verdadeira história" –, mas com uma condição: que Monique Grant, jornalista iniciante e até então desconhecida, seja a entrevistadora. Ao embarcar nessa misteriosa empreitada, a jovem repórter começa a se dar conta de que nada é por acaso – e que suas trajetórias podem estar profunda e irreversivelmente conectadas. De autoria de Taylor Reid, este livro é publicação inédita no Brasil, feita pela Tag – Experiências Literárias em parceria com a Editora Paralela.
Evelyn Hugo é uma das figuras mais icônicas de Hollywood, e ainda é falada mesmo depois de seu "sumiço" dos cinemas na década de oitenta. Quando a jornalista Monique recebe a proposta de ir até a casa da Evelyn, essa grande estrela da era de ouro do cinema, entrevistá-la para a capa da revista, ela não entende bem o pedido. Monique é uma jornalista pouco conhecida, era freelancer até pouco tempo e tem um cargo medíocre no atual emprego. Intrigada sobre o que fez Evelyn entrar em contato justamente com ela, Monique se prepara de todas as formas para estar afiada na entrevista e não perder essa oportunidade. É quando chega na casa da estrela em Nova Iorque e recebe a notícia de Evelyn: ela não quer uma simples entrevista para a capa da revista. Evelyn quer que Monique escreva uma biografia da atriz, onde ela vai contar tudo sobre sua vida e sobre os bastidores de produções icônicas do cinema internacional. Monique não pode perder essa oportunidade. Afinal, quem nunca quis saber sobre os bastidores das celebridades?

Quando ouvi pela primera vez sobre Evelyn Hugo, imediatamente quis ler. Me pareceu -- e é -- o tipo de livro que me apaixona, me deixa vidrada. Cada vez mais que ouvia falar do livro, esse sentimento crescia. A cereja do bolo foi quando eu descobri que o livro falava muito sobre cinema e sobre os bastidores de Hollywood nos anos '50/60. Essa era é simplesmente minha favorita.
Há uma coisa sobre Hollywood: é tanto um lugar quanto um sentimento.
Com uma narrativa rica em detalhes, Evelyn começa a contar para Monique sobre seus dias como uma das atrizes mais desejadas e faladas dos Estados Unidos, desde o começo da carreira, o auge, o declínio, o oscar, a carreira internacional, o declínio... e os relacionamentos. Todo mundo quer saber sobre os sete maridos de Evelyn, sobre os casamentos tão comentados na época. Afinal, por que sete? Evelyn era assim tão ingênua a ponto de continuar se casando mesmo depois de mais um fracasso? O que está por trás?

O livro é dividido em partes, cada parte sobre a era da vida da Evelyn em que esteve com um marido. O primeiro é o encantador Don Adler, queridinho da América, que juntou-se a Evelyn num par perfeito, o típico "Power Couple". Eles atuaram juntos, eram vistos juntos para cima e para baixo no set, eram lindos lado a lado. Mas Evelyn escondia do público e dos olofotes os abusos que sofria do marido perfeito, pois ele era um grande nome na indústria, filho de atores renomados. Ninguém nunca acreditaria nela.
As pessoas acham que intimidade é sobre sexo. Mas intimidade é sobre verdade, quandovocê percebe que pode contar a uma pessoa sua verdade, quando você pode se mostrar a ela, quando você se coloca de frente a ela, nu, e a resposta dela é "você está salvo comigo"--isso é intimidade.
Esse é um dos casos, além dos outros seis que ficamos sabendo ao decorrer do livro. O que mais me deixou de coração quentinho ao ler foi a amizade de Evelyn e Harry. O diretor a conhece logo no começo da carreira, mas diferente de outros homens -- praticamente todos -- Harry trata Evelyn com respeito, não dá em cima dela e a enxerga como atriz. Ele está lá do início ao fim. Harry também esconde um segredo, algo que seria mal visto pelos olhos preconceituosos da sociedade da época, por isso se prende a Evelyn, quem pode contar tudo, e estar ali para tudo. Outra componente desse núcleo é Celia, uma atriz que Evelyn começa odiando (por inveja de como ela atua bem) e passa a adorar ao perceber como Celia é doce e encantadora. 

Além de todos os pontos magníficos citados acima, o livro traz representatividade LGBT, assuntos importantes, levanta pontos sobre abuso, violência doméstica e o machismo na indústria cinematográfica.

Meu coração foi quebrado em mil pedacinhos ao fim do livro. Claro, não vou dar spoilers, mas prepare os lencinhos.
Coração quebrado é uma perda. Divórcio é só um pedaço de papel.
Os Sete Maridos de Evelyn Hugo é um livro sobre, além de tudo, humanidade. Sobre pessoas. Sobre personalidades, sobre verdade. Sobre como nada interessa se você não tiver pessoas certas ao seu lado, e o amor da sua vida consigo. Nada.

Eu me apaixonei pelo livro desde o primeiro capítulo em que conhecemos Evelyn, e tenho certeza que você vai também. O livro foi lançado no Brasil antecipadamente pela TAG, mas será lançado oficialmente em breve pela editora Paralela.