Oi, gente!
oi, rafa!
Tudo bom com vocês?!

ERA UMA VEZ UMA FÃ, UM ATOR E UM CLÁSSICO SCI-FI...


Hoje vim trazer a resenha de um livro que li bem rapidinho, estava esperando algumas coisas, e acabei frustrada. Quer saber por quê? Então continua lendo <3


Título Original: Geekerella || Ano: 2017 || Editora: Intrínseca || Autora: Ashley Poston || Gênero: Young Adult/Infantojuvenil || Sinopse: Quando Elle Wittimer, nerd de carteirinha, descobre que sua série favorita vai ganhar um remake hollywoodiano, ela fica dividida. Antes de seu pai morrer ele transmitiu à filha sua paixão pelo clássico de ficção científica, e agora ela não quer que suas lembranças sejam arruinadas por astros pop e fãs que nunca tinham ouvido falar da série. Mas a produção do filme anunciou um concurso de cosplay numa famosa convenção valendo um convite para um baile com o ator principal, e Elle não consegue resistir. Na Abóbora Mágica, o food truck vegano onde trabalha, ela encontra a ajuda de uma amiga cheia de talentos para moda que vai criar o traje perfeito para a ocasião. Afinal, o concurso é a chance de Elle se livrar das tarefas domésticas impostas pela terrível madrasta e das irmãs postiças malvadas. Já Darien Freeman, o astro adolescente escalado para ser o protagonista do filme, não está nada ansioso para o evento, embora o papel seja seu grande sonho. Visto como só mais um rostinho bonito, o próprio Darien está começando a achar que se tornou uma farsa. Até que, no baile, ele conhece uma menina que vai provar o contrário.
Esta releitura de Cinderela transporta para o universo nerd os principais elementos do clássico conto de fadas, fazendo uma verdadeira homenagem a todos aqueles que sabem o que é ser fã e se dedicar de coração àquilo que amam.

Você esperaria tudo de uma releitura de Cinderela, né? Mas duvido que você já imaginou toda a história da orfã, madrasta e irmãs gêmeas malvadas envolvendo Ficção Científica! HAHAHA Ashley pensou no inimaginável e juntou as duas coisas em um livro só. Mas será que ficou bom?

Definitivamente, a parte de recontagem de Cinderela ficou perfeita. O livro realmente tem todos os elementos, praticamente intocados: a madrasta má, os pais já mortos, as gêmeas nojentas e privilegiadas, o sentimento de estar sozinha no mundo, e a única pessoa que te entendia já se foi. Tudo está no ponto no sentido de releitura. Essa parte não posso tirar ponto nenhum, está perfeita no livro. Mas não é só disso que sobrevive um livro, e a história precisa de algum diferencial para atrair os leitores. Bem, Geekerela TEM esse diferencial, mas é aí que entra o erro - na minha opinião. 

Todo o cenário de ficção científica é bastante abordado no livro, até que se torna demais. Há algumas partes do livro em que eu pensei seriamente em pular algumas páginas e já ir para o próximo capítulo, porque não havia muito o que me interessasse dentro do cenário ator incompreendido e fandom enlouquecido. Eu queria ver o romance surgindo entre Elle e Darien, queria ver um relacionamento "te amo mas te odeio" (que eu estava esperando que acontecesse, mas fiquei na frustração). Para mim, seria mais interessante abordar o romance do livro dessa forma. 

Os personagens, sozinhos, acabam não sendo muito cativantes, e eu não me importei nem um pouco com os problemas de suas vidas. É quando chega nesse ponto, de não se importar, que a gente percebe que não faria diferença aquele personagem estar ali ou não. Eu simplesmente não ligava para os problemas do Darien - que incluíam ser tão famoso que garotas (ou monstros, como ele chamava) estavam correndo atrás do pobre coitado, blah-blah-blah. A Elle tinha um pouco mais de "problema real" acontecendo, e mesmo assim eu não consegui me conectar com ela. Foi uma pena me sentir assim, porque eu estava mesmo no clima de ler algo levinho e despretensioso como o livro, um romance mais "bobinho". Só esse que não funcionou para mim. 

Eu o recomendo, apesar de não ter gostado. Sei que é um livro que ganhou o coração de leitoras mais novas ou de quem estava a fim de uma leitura sem preocupação. Recomendo para quem quer um livro para passar o tempo, para ler rapidinho no final de semana. Mas leia sem expectativas - eu tinha algumas, e não me dei bem. 



É isso, gente. Até a próxima resenha <3

Oi, gente!
Oi, Rafa.
Como estão?

Hoje vim trazer para o blog a resenha de um dos melhores livros que li esse ano. Como não estou lendo muito, estou escolhendo livros que sei que vou gostar, então é qualidade àcima de quantidade. E eu estou adorando. Segundo o skoob, li 22 livros desde 1 de janeiro. Para julho, acho que é pouco, mas talvez esteja numa boa meta. Enfim! O Estranho Caso do Cachorro Morto é um livro de nome estranho sobre um garoto autista procurando o responsável pelo caso do cachorro morto no quintal da vizinha. 

Ficou curioso? Então continua lendo <3


Sinopse: Christopher Boone tem 15 anos e sofre do mal de Asperger’s, uma forma de autismo. Adora listas, padrões e verdades absolutas. Odeia amarelo e marrom e, acima de tudo, odeia ser tocado por alguém. Christopher nunca foi muito além de seu próprio mundo, não consegue mentir nem entende metáforas ou piadas. É também incapaz de interpretar a mais simples expressão facial de qualquer pessoa. O próprio personagem define seu cérebro como um computador com grande memória fotográfica e capaz de resolver complicadas equações matemáticas mas com nenhuma habilidade para lidar com emoções ou pessoas. Um dia, Christopher encontra o cachorro da vizinha morto no jardim, é acusado do assassinato e preso. Depois de uma noite na cadeia, decide descobrir quem matou Wellington, o cachorro, e escreve um livro, relatando suas investigações. O resultado é O estranho caso do cachorro morto, e Christopher acaba descobrindo muito mais do que procurava. 

Esse não foi o primeiro livro que li de Mark Haddon. O primeiro foi Boom! um livro infantil do qual eu nunca tinha ouvido falar, e que li porque... bem, a resposta certa seria porque eu gostei do nome curto e curioso. Não sabia nada sobre o autor, nem a publicação daquele livro. Aí, pesquisando, descobri esse. O Estranho Caso do Cachorro Morto, e descobri que é bem mais conhecido do que Boom!. Desde então, fiquei curiosa em ler. Pelo título, também, e porque eu havia gostado da escrita do Mark. Isso não me fez procurar NADA sobre o livro, no entanto. Eu continuei sem saber do que se tratava esse tal livro do cachorro, até que o descobri no Kindle Unlimited, o serviço de ebooks "de graça" na amazon. Aí foi minha oportunidade de ler. E eu li.

O meu nome é Cristopher John Francis Boone. Sei de cor todos os países do mundo, bem como as suas capitais, e todos os números primos até 7507.

Sério. Ler livros sem saber a sinopse = melhor coisa do mundo. Eu teria muito o que esperar, se tivesse livro qualquer coisa sobre, mas ao começar a leitura sem ter nem ideia do que se tratava, comecei já intrigada, e descobrindo aos poucos quem era o personagem, Christopher. Um garoto autista, narrador do livro, instigado a procurar pelo assassino de Wellington, o cachorro, e cavando muito mais fundo na sua própria vida, do seu pai e dos vizinhos. 


Pense apenas sobre o agora. Pense sobre coisas que aconteceram. Especialmente sobre as coisas boas que aconteceram.

Sempre gostei de livros com crianças e/ou autistas. Estar dentro da mente de um personagem que pensa, age e raciocina diferente de nós é incrível, e, eu sei, tecnicamente todos personagens pensam diferente, mas ainda assim, é muito única a visão de alguém com síndrome de Asperger. É interessantíssimo acompanhar a linha de raciocínio do Christopher, e, em certo ponto do livro, já antecipar o que ele fará, porque já estamos tão familiarizados. Foi, com certeza, uma surpresa para mim, e uma leitura maravilhosa. Eu, que estava numa ressaca desde praticamente o começo do ano, não larguei o livro até terminar de ler. 

Esse livro é aquele tipo de livro que, mesmo esperando o que vai acontecer, você ainda é pego de surpresa - e isso se dá pelo personagem principal, que carrega o livro inteiro nas costas e não nos faz sentir falta de nenhum outro, Christopher. Entre um capítulo e outro, várias vezes, Christopher nos dá informações sobre ele mesmo, sobre o que ele gosta ou sobre fatos que ele acha interessante, como a matemática ou o sistema solar. Essas passagens agregam riqueza ao livro, nos mostrando como de fato é um computador gigante a cabeça do Christopher Boone. 
O estranho caso do cachorro morto é um livro original, bem escrito e envolvente. Uma história de mistério e descobertas como nenhuma outra. Haddon convida o leitor a embarcar ao lado de Christopher em uma emocionante viagem que vai virar o mundo do jovem de cabeça pra baixo e cativar o leitor até o fim.

Recomendo para quem quer uma leitura rápida e cativante, que vai te surpreender e te fazer querer ser amigo do Christopher (mas sem tocá-lo).