Oi, gente!
Tudo bem com vocês!?
Espero que sim ♥
Que tal a resenha do último livro lido no ano de 2016 e que se tornou um dos meus favoritos?!

Título Original: All The Lights We Cannot See || Páginas: 526 || Editora: Intrínseca || Ano: 2014 || Sinopse: Marie-Laure vive em Paris, perto do Museu de História Natural, onde seu pai é o chaveiro responsável por cuidar de milhares de fechaduras. Quando a menina fica cega, aos seis anos, o pai constrói uma maquete em miniatura do bairro onde moram para que ela seja capaz de memorizar os caminhos. Na ocupação nazista em Paris, pai e filha fogem para a cidade de Saint-Malo e levam consigo o que talvez seja o mais valioso tesouro do museu.
Em uma região de minas na Alemanha, o órfão Werner cresce com a irmã mais nova, encantado pelo rádio que certo dia encontram em uma pilha de lixo. Com a prática, acaba se tornando especialista no aparelho, talento que lhe vale uma vaga em uma escola nazista e, logo depois, uma missão especial: descobrir a fonte das transmissões de rádio responsáveis pela chegada dos Aliados na Normandia. Cada vez mais consciente dos custos humanos de seu trabalho, o rapaz é enviado então para Saint-Malo, onde seu caminho cruza o de Marie-Laure, enquanto ambos tentam sobreviver à Segunda Guerra Mundial.
Uma história arrebatadora contada de forma fascinante. Com incrível habilidade para combinar lirismo e uma observação atenta dos horrores da guerra, o premiado autor Anthony Doerr constrói, em Toda luz que não podemos ver, um tocante romance sobre o que há além do mundo visível.

Fazia
tempo que eu não lia um livro com a temática voltada para a Segunda Guerra
Mundial. Quando comecei a me interessar mesmo pelos livros, essa era a minha
temática favorita, e eu fazia de tudo para achar livros bons que se passassem
na década de ’30/’40. Infelizmente – ou nem tanto – Toda Luz Que Não Podemos
Ver foi lançado apenas em 2014, então eu não estava na minha fase mais
fascinada por romances escritos sobre esta época. Meu gosto havia sido
desviado, mas, é claro, eu ainda continuo me encantando com livros sobre o
tema. Tanto é que, depois de muito tempo encarando o livro de Anthony Doerr na
minha estante, eu o segurei nas mãos e soube que tinha que ler naquele momento.
Deixei os outros pela metade e comecei.
E
terminei em pouquíssimo tempo – dado a narrativa longa do livro, e a grande
quantidade de páginas. Eu devorei a história de Marie-Laure e Werner com tanta
avidez que me senti triste ao finalizá-lo. Não queria parar de ler sobre a vida
daqueles personagens.
O
livro trata de um tema já conhecido por todos nós – a guerra – e sobre isso não
há novidade nenhuma. Mas, por outro lado, aqui está a novidade: o livro traz a
sensibilidade extrema de uma pessoa sem visão para a narrativa. Mesmo sendo em
terceira pessoa, Anthony nos dá a perspectiva perfeita de cada personagem,
parecendo até que estamos lendo os pensamentos deles. É maravilhoso que isso
tenha acontecido, pois o livro pede essa narração mais íntima.
Seu problema, Werner, é que você ainda acredita que a sua vida lhe pertence.
A
personagem principal do livro é Marie-Laure, a garota que perdeu a visão antes
dos sete anos de idade, que vive com o pai em Paris e está no país afetado pela
guerra. Ela decora maquetes feitas por Daniel, seu pai, para poder saber como
andar pela cidade, e lê livros enormes escritos em braile, passa horas com
eles, e sempre recebe presentes “quebra-cabeça” do pai para exercitar os
sentidos que não a visão. A vida de Marie-Laure é otimista, apesar dos problemas
que afetam sua visão. Ela se adaptou muito bem ao mundo sem enxergar, e faz do
seu próprio mundo um lugar colorido e cheio de imaginação.
Do
outro lado, temos Werner e sua irmã Jutta, ambos alemães e órfãos. As crianças
moram com Frau Elena no Lar das Crianças na Alemanha. Werner, desde muito pequeno,
é fascinado por rádios. Não só rádios, mas equipamentos eletrônicos, os quais
ele aprende a consertar e aprimorar. Em pouco tempo Werner está consertando
rádios para toda a vizinhança, mesmo com a pouca idade. Essa ligação com a
estática é o que o livra de combates na Guerra e o faz trabalhar diretamente
com os equipamentos eletrônicos, procurando sinais de comunicação em “cidades
inimigas”, descobrindo de onde vêm as transmissões e acabando com os esquemas
inimigos.
Werner
se tornou meu personagem favorito do livro. Não consigo explicar exatamente o
porquê, mas talvez sua forma de sempre estar no limite, sempre se comportando
da forma como lhe era imposto, e sua inocência, incomum entre os soldados, me
fez tê-lo como favorito.
Quando perdi a visão, Werner, as pessoas disseram que eu era corajosa. Quando meu pai foi embora, as pessoas disseram que eu era corajosa. Mas não era coragem; eu não tinha escolha. Acordo todos os dias e vivo minha vida. Você não faz a mesma coisa?
O
livro caminha entre as duas histórias, entre os dois personagens, e traça um
trajeto longo até fazer com que a vida dos dois se cruze. De uma forma
inesperada, talvez, e que nos deixa com o coração na mão.
O
final do livro vale a pena toda a extensão da narrativa. Não dei 5 estrelas
para ele pois alguns capítulos foram maçantes – pelo menos eram curtos, duas ou
três páginas no máximo – e algumas partes poderiam ter sido cortadas ou até
mesmo encurtadas. Não desmerece em momento algum a grandeza do livro, mas é só
uma coisa que faz com que alguns leitores não se deem 100% com a história. Eu
gosto de narrativas longas, de desenvolvimento lento, de personagens mais bem
explorados e momentos no livro que “não interferem em nada no final”. Sempre
acho que eles estão ali para mostrar um ponto, e ele está lá. É só ver com
outros olhos. Entretanto, das 526 páginas, reconheço que algumas poderiam ser
cortadas. Um porém pequeno para um livro cheio de grandes porquês para ser
lido.
Abram os olhos e vejam o máximo que puderem antes que eles se fechem para sempre.
Esse
último quote separado para a resenha é um dos que resume o livro. É visto mais
de uma vez entre as 526 palavras e retrata um pouco da mensagem que ele passa.
Dá para perceber que é um livro incrível só de lermos um pouco sobre, não dá?
Se eu soubesse, teria lido Toda Luz Que Não Podemos Ver muito antes. Ficou
marcado na memória, um livro realmente inesquecível. Abram os olhos e leiam. É
delicioso. ♥
xoxo
até a próxima!
Quero já! Adorei sua resenha, tô louca pra ler além da personagem ser cativante vive em Paris <3.
ResponderExcluirHttp://www.blogsweetchic.com.br
Paris não é encantadora?! mas não se engane com esse... no meio da guerra, qualquer cidade vira um pouco sombria </3
ExcluirOi! Também gosto de livros com essa temática, mas li tantos e me encantei por outros gêneros. Mas mesmo assim irei ler esse, vejo resenhas bacanas sobre ele. Bjos!
ResponderExcluirClick Literário
você não irá se arrepender se ler! <3
ExcluirOi Renata! Que premissa incrível! Parece ser mesmo um ótimo livro e adorei o último quote! Excelente resenha!
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante
Esse quote é emocionante mesmo, Mi!
Excluir:)
OI, Rê!
ResponderExcluirEu sempre fui louco pra ler esse livro desde quando lançou, te falei né?
Meio que perdi a vontade pelo tempo, mas adorei ler seu olhar sobre o livro. Já li várias resenhas boas sobre ele e me falam sobre essa parte maçante mesmo, ma sna maioria dos comentários a leitura é satisfatória. E adorei o quote final, é uma verdade pra vida.
Bjão.
Diego, Blog Vida & Letras
www.blogvidaeletras.blogspot.com
PS: leia a Trilogia Bill Hodges do Stephen King, plis.
Ah, Di, esse é o único ponto fraco do livro! Mas não tira a grandeza dele. Eu amei mesmo assim (dá pra ver, né?)
ExcluirPS.: vou ler pra já!
beijos, amor <3
Oii!
ResponderExcluirJá tinha lido algumas resenhas sobre essa obra e todas elas foram muito promissoras. Também gosto de temáticas como a Segunda Guerra Mundial e o meu livro preferido sobre judeus até hoje é A Menina que roubava livros.
beijos
http://mecontanoblog.blogspot.com.br
A Menina Que Roubava Livros é meu favorito da vida <3
ExcluirOlá, Renata.
ResponderExcluirEu gosto muito de ler livros que se passem na segunda guerra. Sempre me emociono. E claro que vou querer ler esse também. Já me emocionei só lendo o segundo quote, imagine lendo o livro todo então.
Prefácio
Eu também, Sil!
ExcluirLeia, leia sim. O livro é maravilhoso. Um dos melhores que já li. :)
beijos