Vim falar de coisa NACIONAL!

Não é filme, é o livro (porque o filme não tive oportunidade ainda).

Título Original: Capitães da Areia
Ano: 1937
Editora: (Várias editoras)
Nota: 10
Autora: Jorge Amado
Sinopse:
Capitães da Areia faz referência aos meninos de rua de Salvador, menores cuja vida desregrada e marginal é explicada, de uma forma geral, por tragédias familiares relacionadas à condição de miséria. O grupo de meninos que forma os Capitães se esconde em um armazém abandonado em uma das praias da capital baiana.  


Pode até ser daqueles livros que caem em vestibular, mas eu amo.

Sabe porquê? Porque "Capitães da areia" é uma literatura sobre a desigualdade social no Brasil, mostrando a vida de muitas crianças que foram abandonadas ou fugiram de casa e que agora moram num trapiche na Bahia.

A obra relata muito sobre o modo de vida levado e como todas as instituições presentes não os ajudavam.
Mostra-nos ainda mais como tudo era ainda mais complexo: pobreza, fome, desconforto, prostituição, perigos.

O melhor dessa obra é ver que o autor não quer passar a nós só sobre  isso, ele vai além, nos mostrando o que os "capitães" são realmente, seus sentimentos e sua falta da figura da família.

O livro trás coisas como "o sentimento nunca sentido" pelos capitães. Um capítulo que amo é um chamado "As luzes do carrossel", porque os capitães mesmo sendo crianças, tem cargos adultos, e quando montam no brinquedo é como se tivesse surgido um sentimento de conforto, de uma infância nunca vivida. É como se aquele carrossel trouxesse carinho, e deixasse toda a ausência de lado.

Mostra o quão todos ali eram carentes de tudo, nos mostrar que apesar de serem tudo aquilo, ainda haviam sentimentos e sonhos.

Acontece que a desigualdade está sempre lá no livro, enquanto uns tinham todo conforto do mundo, os capitães haviam de roubar, fazer trabalhos ruins, morar num lugar precário para conseguir se sustentar e sobreviver.

Eles se cercavam de problemas, como: as instituições que não os ajudavam, um passava o problema para o outro, e havia aqueles que tratavam do problema de forma errada. 

Essa é uma resenha que escolhi fazer de outra maneira: escrever todo meu sentimento sobre o livro invés de dizer o que ocorre e quem são os personagens. Os personagens são lindos demais, e eu espero que quem não tenha lido ainda, leia para assim descobrir um amor pelos personagens, pelo autor, pela história, por tudo.

Beijos, espero terem entendido, e espero terem gostado <3
 
 

4 Comentários

  1. Todo mundo fala tão bem desse livro!
    Nunca fui obrigada a le-lo e so a pouco tempo aue ouvi falsr de capitaes de areia.. Com certeza na wishlist,,
    Forever a Bookaholic
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  2. Oi Érica,
    Eu realmente não gosto de Capitães de Areia. Talvez por ser um choque tão grande de realidade, sabe? Ninguém tira da minha cabeça que alguns deles são além de ladrões, estupradores. Não tem perdão pra isso, nem toda a privação do mundo explica o fato de alguém fazer isso. Eu odiei esse livro, em especial por ter sido obrigada a lê-lo tão nova. Acho que algumas crianças realmente não tem opção, mas existem limites: roubar um pão é uma coisa. Matar e estuprar já é outro nível. Eu não consigo entender e não consigo gostar dessa visão "ah, coitadinhos" que Jorge Amado passa deles.

    Beijos,
    Mari Siqueira
    http://loveloversblog.blogspot.com

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    Respostas
    1. Olá!! Infelizmente tem disso mesmo :/ Ocorre que até agora não curti nenhum livro em que fui obrigada a ler, tirando Capitães.
      Quando eu li, minha interpretação não foi de que o autor quis passar que eles eram coitados, e sim o que viviam, e como alguns se portavam. Agora de cor eu não irei lembrar dos nomes de todos, mas tem uns e outros sim que matam e estupram.
      Triste, mas como disse, o livro queria retratar a realidade, e mais triste ainda é saber que tem gente assim...

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