Oi, gente!
Voltando com as resenhas aqui pra vocês, de um dos livros que me fez sair da ressaca literária (amém). Eu estava sem ler direito desde janeiro, então foi um alívio. O livro é Anexos, da Rainbow Rowell, mesma autora de Fangirl e Eleanor&Park.
Autora: Rainbow Rowell
Num. de páginas: 219 | Editora: Novo Século
Ano de Lançamento Brasil: 2014
Beth Fremont e Jennifer Scribner-Snyder sabem que alguém está monitorando seus e-mails de trabalho. (Todo mundo na redação sabe. É política da empresa.) Mas elas não conseguem levar isso tão a sério, e continuam trocando e-mails intermináveis e infinitamente hilariantes, discutindo cada aspecto de suas vidas. Enquanto isso, Lincoln O'Neill não consegue acreditar que este é agora o seu trabalho - ler os e-mails de outras pessoas. Quando ele se candidatou para ser "agente de segurança da internet", se imaginou construindo firewalls e desmascarando hackers e não escrevendo um relatório toda vez que uma mensagem esportiva vinha acompanhada de uma piada suja. Quando Lincoln se depara com as mensagens de Beth e Jennifer, ele sabe que deveria denunciá-las. Mas ele não consegue deixar de se divertir e se cativar por suas histórias. No momento em que Lincoln percebe que está se apaixonado por Beth, é tarde demais para se apresentar. Afinal, o que ele diria...?
Anexos, ou Attachments, no título original, foi o primeiro livro lançado pela Rainbow, mas só chegou aqui no Brasil depois de outros dois. Eleanor&Park fez a autora ficar mundialmente conhecida. Aqui no Brasil sua fama se espalhou rapidamente e logo foi lançado Fangirl e Anexos, e mais recentemente, Ligações (que talvez ainda esteja em pré-venda, mas uhu!). Ela é sucesso garantido!, não se pode negar. E seus livros tem uma linguagem incomum... são YA, tratam de assuntos juvenis e são diretos. Mas no caso de Anexos, os personagens principais não são tão jovens. Tem em torno de vinte e sete anos e já têm empregos - chatos - e alguns são até casados.

Nesse primeiro livro - ou terceiro, em ordem de lançamento no Brasil - Rainbow nos apresenta três personagens: Beth, Jennifer e Lincoln. Não somos devidamente apresentados às duas personagens femininas. Pelo menos não tanto quanto à Lincoln, pois ele é, querendo ou não, a base e o centro da história - embora eu prefira a Beth e Jen, mas chego nisso depois.
Lincoln é um "perdedor" que ainda mora com a mãe e joga D&D com seus amigos todo sábado a noite, enquanto outros jovens/adultos estão felizes em festas ou em casa com namoradas, é isso que Lincoln faz. Ele então arruma um emprego para monitorar coisas impróprias que acontecem nos computadores de um jornal, e isso lhe dá o direito de checar os sites que os funcionários entram, e os e-mails trocados entre eles, já que isso é proibido pela política do Jornal.
E é aí que Beth e Jennifer entram.
Elas são funcionárias do jornal e trocam vários e vários e-mails pessoais entre si. Elas são hilárias. Eu adorei acompanhar suas vidas de seus pontos de vista, e entendo por que Lincoln não as denunciou.
Minhas Impressões
Como eu disse antes, ao contrário dos outros livros da RR, esse não trata de adolescentes confusos e sem rumo. Trata de adultos - ok, um pouco sem rumos - e assuntos mais maduros. Lincoln mora com a mãe, que é uma personagem super engraçada na história, e relevante. Não é só aquela figura de mãe que está lá para tapar um buraco. Ela aparece várias vezes e faz diferença na vida de Lincoln. Assim como sua irmã, que de um jeito ou de outro, acaba mudando sua vida, ou suas decisões. Achei a construção dos personagens, tanto os primários quanto os secundários muito boa. Rainbow sempre se dá muito bem com isso.
E construídos os personagens, temos Jennifer e Beth, duas funcionárias de um jornal, que fazem muita coisa na hora que deveriam estar trabalhando. Discutem a vida pessoal, casamento, gravidez, os outros colegas de trabalho e a vida em geral. Elas são hilárias, e eu lia muito rápido as partes do Lincoln, só para poder ler mais sobre elas! Fiquei triste quando acabei a leitura e me dei conta de que não teria mais elas por "perto".
A história começa a se desenrolar quando Lincoln percebe que está se sentindo "atraído" por uma das mulheres dos e-mails que ele tanto lê, mesmo sem nunca tê-la visto. E quando ele percebe, pelas conversas que as duas mantêm, que a garota que ele gosta o acha bonito - ela apelida Lincoln de Meu Cara Fofo (MCF) - ele começa a criar esperanças.
Mas como chegar numa pessoa que você já praticamente conhece a vida toda, sem soltar pra ela que leu seus e-mails?
Nem Beth nem Jen sabem no que Lincoln trabalham. Elas apenas vêem ele por aí no jornal e ficam especulando sobre. É beeeem engraçado ler suas conversas por que nos identificamos. É exatamente daquele jeito que conversamos com nossos amigos(as).
Mais pontos positivos: a história se passa em 1999/2000. Eu AMO histórias que foram escritas e/ou se passam nos anos '90. Amo, amo, amo. É perceptível a diferença. O não-uso do celular ou computador o tempo todo. A tecnologia ainda em avanço. E nesse caso, a virada do século, que é falada no livro como uma coisa espetacular (meu deus, os anos '00!). Adorei.
Bem, gente, dá pra notar que eu gostei muito dessa leitura, e ela me ajudou bastante a sair de um período ruim em relação com os livros.
Como alguns capítulos são escritos em e-mails, é bem fácil avançar nas páginas, então a leitura pode ser concluída em dois ou três dias (em um dia talvez, se você for um daqueles avatar).
Avaliação: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
É isso, gente! Espero que tenham gostado. Beijos! E até a próxima.
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