Autor: Marjane Satrapi
Editora: Quadrinhos da CIA
Nota:10
Sinopse: Marjane Satrapi tinha apenas dez anos quando se viu obrigada a usar o véu islâmico, numa sala de aula só de meninas.Nascida numa família moderna e politizada, em 1979 ela assistiu ao início da revolução que lançou o Irã nas trevas do regimexiita — apenas mais um capítulo nos muitos séculos de opressão do povo persa. Vinte e cinco anos depois, com osolhos da menina que foi e a consciência política à flor da pele da adulta em que se transformou, Marjane emocionou leitoresde todo o mundo com essa autobiografia em quadrinhos, que só na França vendeu mais de 400 mil exemplares. Em Persépolis, o pop encontra o épico, o oriente toca o ocidente,o humor se infiltra no drama — e o Irã parece muito maispróximo do que poderíamos suspeitar. Marjane Satrapi nasceu em Rasht, no Irã, em 1969, e atualmente vive em Paris.
Persépolis é uma HQ sobre a própria autora que teve sua infância dentro de uma guerra em seu país, o Irã.
Ao ler toda essa história ela remete toda uma angústia do que seria ter pais de mente aberta (e consequentemente ter uma mente aberta também) num país totalmente opressor e ditador.
O diferencial está aí: não é apenas mais uma história autobiográfica comum, ela percorre todo um contexto histórico, sociocultural, repleto de ideologias e fatos que nos fazem pensar sobre alguns assuntos que certamente nunca paramos para prestar tanta atenção assim como deveríamos (como por exemplo o conceito do porquê usar o véu e a obrigação de casar virgem). Além de todas outras opressões nos mostra mais de perto o que era a mulher e o seu valor.
Satrapi faz muita comparação entre o lado ocidental e o Irã, o que me fez pensar que são apenas alguns fatores que nos fazem pensar sermos mais "livres" do que os iranianos. Querendo ou não, os mesmos tabus que existem no Irã aqui também tem (é que é apenas maquiado). Para quem tem mente aberta consegue muito bem ver o valor da mulher em nossa sociedade ocidente, em pleno 2016 ainda não conquistamos todo o espaço.
Marji (como era chamada) ainda nos faz ver que não é apenas o Irã um país preconceituoso, que por de trás de nossa casca, nós que não convivemos no mesmo meio, geramos todo um preconceito contra alguém de outra cultura. Mesmo com olhares tortos e xingamentos a relação ao terrorismo, Satrapi ao longo da história aprende a não renegar sua nacionalidade.
O filme
Foi em 2007 que a animação francesa foi lançada, dirigido pela autora
Foi para o Oscar de melhor filme de animação, mas infelizmente não ganhou (ESSA FOI A MELHOR ANIMAÇÃO QUE JÁ ASSISTI).
Oi Érica! Tudo bom?
ResponderExcluirQUero tanto ler esse livro! Acho a edição linda e os tracinhos também.
Gostei de sua leitura e acredito que assim como Malala é uma leitura essencial nos dias atuais, quando estamos num momento de quebra de preconceitos e da liberdade, principalmente a luta da liberdade de expressão e dos direitos das mulheres nesse caso.
Um bjão.
Diego, Blog Vida & Letras
www.blogvidaeletras.blogspot.com
Oi Érica! Já tive a oportunidade de ler uns trechos de Persepolis, mas tive que devolver o livro e nunca mais terminei. Realmente acho uma ótima HQ e que nos mostra uma realidade tão distante da que vivemos, mas ao mesmo tempo tão perto e com lutas muito pertinentes a qualquer cultura.
ResponderExcluirBjs*.*
MaH
O que disse, Alice?
Olá Érica;
ResponderExcluirO HQ parece ser ótimo, faz tanto tempo que não leio nada do genero, sem mencionar que este
possui uma premissa maravilhosa. eu não conhecia nada do tipo.Adorei.
Beijos;
http://cabinedeleitura1.blogspot.com.br