Oi, gente.
Oi, Rafa!
á tentei escrever um milhão de "colunas" aqui no blog sobre escrita, e nunca dão certo, principalmente porque eu, por mais errado que seja, não sei manter compromissos.
Oi, Rafa!
á tentei escrever um milhão de "colunas" aqui no blog sobre escrita, e nunca dão certo, principalmente porque eu, por mais errado que seja, não sei manter compromissos.
Parece estranho, sendo compromisso o principal aliado do meu trabalho como escritora, mas é assim que acontece, e eu sempre me vejo atolada em coisas, presa numa bola de neve que eu mesma criei. É, fazer o quê? Agora, estou mais uma vez tentando, porque nunca paro: aqui começa mais um "quadro", "coluna", ou só uma série de posts que talvez nunca chegue ao segundo.
O dia de escrita acontecerá uma vez por mês, e nele eu falarei sobre rotina de escrita, meus livros, inspiração, criação, e minhas experiências.
Hoje começo com "O que escrever?".
Acredite: essa é uma pergunta que persegue 90% dos escritores. Sorte dos 10% decididos e confiantes, porque eu estou nessa pilha de desafortunados.
"O que escrever?" engloba todas as dúvidas: desde o gênero para escrever, até a cena, o capítulo, o tipo de personagem e o tipo de livro. Romance? Conto? Novella? Série? Trilogia? Tantas opções, tão pouca decisão.
Uma dica dada por muito tempo aos escritores e as escritoras pelo mundo todo foi: escreva sobre o que você conhece. Recentemente, lendo o livro Sobre a Escrita, do Stephen King, me deparei com sua visão sobre esse "ditado", e eu não podia concordar mais. Não, não precisa escrever sobre o que você conhece. Escreva sobre o que você gosta. Aí, sim. Pronto. Você terá muito mais o que escrever do que se você se limitar ao que conhece.
Eu, por exemplo, se escrevesse sobre o que eu conheço teria apenas um livro, de poucas páginas, entediante e raso, porque, convenhamos, minha vida não é a mais empolgante. A única viagem que eu tinha feito até alguns anos atrás tinha sido para Natal - RN, quando eu tinha apenas um ano de idade, e não lembrava de nada. Depois, em 2014, viajei pela primeira vez para uma cidadezinha no Rio de Janeiro, Volta Redonda, e já fui para lá três vezes, mas nunca mudei meu roteiro. Sempre. A. Mesma. Cidade. E aí eu escrevi um livro ambientado em Paris. E outro em Nova York. Não porque eu conheço, mas porque eu gosto dessas cidades, quis escrever sobre elas, pesquisei bastante, e voilá, sairam algumas histórias.
Minha mesa ficava tipo assim enquanto eu estava escrevendo. |
Em As Listas de Ellen, não precisei de nada turístico, pois a personagem mora lá, mas precisei de outro tipo de pesquisa: ruas, lugares, horários, funcionamento da cidade, clima, datas especiais na Big Apple, costumes, comidas, restaurantes, pontos de referência, etc. Pode ter até sido mais difícil do que em Paris, porque os pontos românticos da cidade da Torre Eiffel estão espalhados pela internet para quem quiser ver. Mas as peculiaridades de uma cidade nem sempre se encontra por aí.
A dica de hoje é sobre o que escrever, mas acaba ganhando uma extra: pesquise, pesquise, pesquise. Se puder colocar suas pesquisas em ação e ir até os locais dos seus livros, ótimo. Eu não posso, por enquanto, então continuo pesquisando.
E isso não vale apenas para cenários. Se seu personagem é médico, mas você nunca sequer esteve internado em um hospital (eu), pesquise sobre. Se não puder falar com um médico real, não faz mal pesquisar. E não só com Grey's Anatomy, tá? Coloca a cara nos livros/sites de medicida, e vai! Assiste aos vídeos de médicos (Dr. Mike, oi), vai fundo. Se joga na pesquisa e confia no seu livro. Vai dar tudo certo.