Oi, gente!

Oi, Rafa!

Tudo bem?! Hoje vim trazer aqui a resenha de um livro que estava na minha Lista de leituras há muito tempo, e desde que o achei num sebo, fiquei me preparando para ler. Eu sabia que ia gostar do livro desde que o abri no ônibus, na volta pra casa, e só fechei quando quase perdi meu ponto. Foi aí que eu me apaixonei pela Min, e pela sua - trágica - história com o Ed. Aqui vai a resenha de Por isso a Gente Acabou, do Daniel Handler. 

Titulo original: Why We Broke Up || Ano: 2012 ||  Editora: Cia das Letras || Sinopse: Por isso a gente acabou trata, com a comicidade típica de Daniel Handler, nome verdadeiro de Lemony Snicket, de uma situação difícil pela qual todos um dia irão passar: o fim de uma relação amorosa e toda a angústia, tristeza e incerteza que essa vivência pode gerar. Min Green e Ed Slaterton estudam na mesma escola e, depois de apenas algumas semanas de convívio intenso e apaixonado, acabam o namoro. Depois de sofrer muito, Min resolve, como marco da ruptura definitiva, entregar ao garoto uma caixa repleta de objetos significativos para o casal junto com uma carta falando sobre cada um desses objetos e do episódio que ele representou, sempre acrescentando, ao final, uma nova razão para o rompimento. Essa carta é o texto de Por isso a gente acabou, que é, assim, carregado de um tom informal e tragicômico - características da personagem - e traduz com um misto de simplicidade e profundidade a história de uma separação. Imerso neste universo adolescente, o leitor conhecerá a divertida personalidade de Min, uma garota apaixonada por filmes cujo sonho é ser diretora de cinema, e as idas e vindas desse romance, desde o dia em que os dois conversaram pela primeira vez até o instante em que tudo acabou.
"Por Isso a Gente Acabou" conta a história de um relacionamento que já chegou ao fim, e nos deixa a par dos porquês deste mesmo não ter tido um "felizes para sempre". Final feliz seria um pouco como pedir demais para um livro com esse título, né? A gente já entra na narrativa da personagem sabendo aonde aquilo vai parar, mas não querendo hora nenhuma frear a leitura. 

"Estou contando por que a gente acabou, Ed. Estou escrevendo, nesta carta, toda a verdade sobre o que aconteceu. E a verdade é que, porra, eu te amei demais"

A Mim está a cargo da narrativa, e é ela que nos conta os porquês desse relacionamento não ter ido para a frente, por meio de cartas que escreve ao próprio Ed, antes de colocá-la numa caixa e despejar em frente à porta do ex-namorado, junto a todos os pertences que a faz lembrar desses motivos. 

Do começo ao fim, o livro nos dá a sensação de estar conversando com uma amiga, ouvindo-a contar sobre todas as coisas que deram certo e que deram errado naquele relacionamento, querendo por vezes consolá-la e abraçá-la. A forma em cartas de conduzir o livro ajuda nessa sensação de proximidade com a protagonista, pois nos sentimos lendo as cartas como se as tivéssemos achado em algum lugar e começado a ler despretensiosamente, para já no final estarmos nos mordendo para saber o que foi o estopim daquele namoro adolescente que, desde o início, já dava indícios de ruir rapidamente, mas que para quem estava dentro - a própria Mim - parecia um conto de fadas moderno.

"Você nunca viu de verdade os filmes da minha cabeça, Ed, e foi por isso que a gente acabou"


A Mim é apaixonada por cinema antigo, e muitas vezes isso entra na narrativa, quando ela conta sobre os filmes que já viu, e como aquilo que aconteceu com ela e o Ed se parece com tal filme, ou aquele outro de 1937. Pessoalmente, eu adorei esse toque "vintage" que o autor colocou na personagem, pois quando eu era adolescente (e até hoje, sim), eu era apaixonada por filmes, e sempre adorei a história do cinema. Já o Ed é o típico adolescente popular, cheio de ex-namoradas e amigos do futebol, que sabe todas as festas badaladas, vive falando sobre tecnicalidades de jogos, e acha que tudo com um pouco de sentimento é "gay demais". É o tipo oposto de Mim, mas como a famosa frase diz: os opostos se atraem, e às vezes a gente não entende bem o porquê disso. Só acontece. E na maioria das vezes - como aqui - o final não é bonito.

"Eu te amava e aqui vão as suas coisas, para longe da minha vida onde você deve ficar, o sorriso é por isso"

Como disse o próprio autor do livro, numa entrevista engraçadíssima, esse livro é a triste história de duas pessoas que eram simplesmente diferentes, não se entendiam. Com uma boa dose de realidade, Daniel Handler nos mostrou todas as facetas de um relacionamento, desde o início incerto, passando pela felicidade apaixonada, até o final conturbado e as razões complicadas, tudo isso com o adicional drama e paixões adolescentes.  É um livro engraçado, ao mesmo tempo que muito real. Todo mundo já teve um Ed na vida, todo mundo já foi a Min, todo mundo já quis escrever uma carta para o(a) ex explicando todos os mínimos detalhes e lembranças daquele namoro que poderia ter dado certo, mas acabou em pedaços. 

A narrativa em cartas da Min é direta, às vezes se prolongando em uma cena ou outra, mas nem isso me fez largar o livro e me sentir cansada. Vi algumas resenhas no Skoob falando sobre esse aspecto, e apontando como algo ruim, mas eu vi apenas como a autenticidade da personagem ao não medir palavras para expor suas lembranças e sentimentos. Ao escrever a carta, Min está vulnerável e cansada - cansada de ter que carregar tudo aquilo para si, e escreve mesmo tudo o que já sentiu e o que está sentindo, todos os detalhes do que está dentro dela. E eu simplesmente adorei isso. 

Foi o primeiro livro que li no ano, e já entrou para meus favoritos. Recomendo para quem já se apaixonou alguma vez, e viu esse mesmo paixão se deteriorar. Você provavelmente vai se identificar com a Min. Quem não?


É isso, gente! Espero que tenham gostado. 
Até a próxima!


2 Comentários

  1. Oi
    não conhecia o livro, que bom que gostou da leitura, curto quando lemos a leitura como se estivéssemos conversando e convivendo com os personagens deixa a história mais envolvente. Parece uma leitura gostosa de se realizar.

    http://momentocrivelli.blogspot.com

    ResponderExcluir