Oi, Gente!

Hoje o blog traz uma novidade boa pra vocês! Que tal ler a análise de um filme não de um, não de dois, mas de três pontos de vista?

É isso que vai acontecer aqui no "Dose Tripla" cinematográfico!

Renata


500 Dias Com Ela é um filme super conhecido entre os filmes "indies", por ter essa fotografia e trilha sonora típicas, mas ele se destaca por também mostrar uma realidade tão cruel, que faz com que o filme não agrade 100% do público. Se trata de um romance que vai muito além do romantismo, sendo muito pouco, de fato, romântico. O que acontece no filme é a análise de um relacionamento feita inteiramente pela visão do rapaz. Ele, que se apaixonou perdidamente por Ela - do título - e não se 'ligou' nos sinais que estavam sendo jogados em sua cara o tempo todo, ao decorrer dos 500 dias, de que aquele namoro, aquela curtição, aquela parada, não ia para frente.




O que 500 Dias Com Ela faz na cabeça de uma pessoa iludida com o amor de comédias românticas tradicionais, é ferir os sentimentos e dar um choque de realidade do tipo "Não é só porque você acha que aquela pessoa é perfeita para você, que ela vai ser. A vida entra no meio, e nem sempre a outra pessoa sentirá o mesmo que você. No final das contas, é simples.

Já assisti ao filme diversas vezes - está entre meus favoritos, justamente por eu não ser uma dessas pessoas iludidas com o felizes para sempre de sempre. Na minha visão, não há duas formas de interpretar o filme. Há uma só. Nem sempre aquilo que achamos ser o certo, será. É uma lição que se deve levar para a vida inteira, e se você for esperto, não se sairá como o Tom no final.

This is not a love story. It's a story about love.


Érica

Tive uma segunda e melhor visão sobre o filme. Foi a segunda vez que assisti e isso me abriu a mente, foram outras épocas e acho que isso ajudou muito.
Na primeira vez que assisti ao filme, tive aquela visão meio "comum", aquilo de odiar a Summer, porque o Tom era um cara perfeito e os dois juntos era lindo, mas sabe, minha visão mudou completamente.
Vide que amo quando Tom usa a blusa do Joy Divison. O álbum Uknown Pleasures tem como tema a música LOVE WILL TEAR US APART (o amor vai nos despedaçar/separar)
.
Aquele ditado antigo e clichê de "Quando um não quer, dois não insistem" acabou fazendo sentido.
Também pude ver, assim com a Renata, que não é porque você acha alguém "perfeito" que essa pessoa obrigatoriamente tem que estar ao seu lado.
A primeira vez que assisti eu vi apenas o lado do Tom e nessa segunda vez eu vi só o da Summer. Por que ela não pode ser livre e ter essa escolha de não querer relacionamentos sérios? ELA PODE! Ela é uma mulher livre e  não é só porque ela faz o que bem entender e não atende aos desejos de todos os demais que ela é uma "desgraçada" (desculpa o palavreado, mas se você for ler as demais opiniões poderá ler xingamentos piores).
A Summer pode sim fazer o que ela bem entender, namorar quem ela quiser. 
"E os sentimentos do Tom?". Ela avisou o tempo inteiro quem ela era e como ela era. É difícil controlar os sentimentos por outra pessoa, mas Tom tratou como se fosse uma obrigação deles ficarem juntos, mas como já ditado no filme e também acima pela Renata: "Não é só porque você acha que aquela pessoa é perfeita para você, que ela vai ser".

Rodrigo


500 Days of Summer é uma ode aos relacionamentos malsucedidos. Dentre tantas características que me atraíram nesse filme — desde a atmosfera meio “cinema francês” até as cenas super exageradas de alegria ou tristeza do Tom — acho que foi essa abordagem o que mais me marcou.

A maioria esmagadora das histórias de amor tradicionais tem dois desfechos: 1) O casal fica junto, feliz para sempre; 2) Algo trágico acontece — alguém morre, ou precisa ir embora para muito longe — e o casal se separa por “força maior”. Muitas histórias de amor, entretanto, não são assim.  E boa parte dos seres humanos saudáveis irão passar por diversos relacionamentos até finalmente encontrar sua “alma gêmea”.

Embora muita gente prefira esquecer seus ex (qual é o plural de ex?), tais pessoas foram importantes em nossas vidas — mesmo que por um curto período de tempo — e por mais que se tente negar, elas também nos influenciam como pessoas. É legal assistir o quanto o Tom vai aos poucos mudando a Summer, e o quanto ela ela também o influencia. Foi o Tom quem a ensinou a acreditar que relacionamentos podem dar certo e que as pessoas podem ficar juntas no final (ao contrário de sua visão anterior, influenciada pelo fracasso do casamento de seus pais), ao mesmo tempo em que foi a Summer que finalmente o fez duvidar daquele ideal romântico ultra perfeito.

É claro que o Tom queria ficar para sempre com a Summer, é o que acontece quando se está apaixonado — se você namora alguém acreditando que vai ser “só por um tempo”, deve estar fazendo algo muito, muito errado — mas talvez tenha sido a própria falta de maturidade e a personalidade sonhadora que o tenham levado àquele ponto de desespero, e sofrimento total.

Acho que uma das mensagens mais importantes de todo o filme se resume à um diálogo no final:

[Parafraseando]
— Nunca te vi por lá.
— Você não deveria estar procurando.

Às vezes a perseguição incessante por algo impossível (ou que não existe mais), nos deixa cegos para oportunidades importantes. É apenas quando o Tom se liberta da ideia de seu antigo relacionamento que ele está pronto para o próximo. E talvez último.

(Ainda neste tipo de simbolismo, 500 days of Summer fez tudo o que How I Met Your Mother deveria ter feito, mas vocês não querem nem me ver começar a falar sobre isso :P )

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É isso, gente! Espero que tenham gostado da visão do Filme por três pessoas diferentes, e, se você já assistiu, deixa aqui a sua opinião nos comentários. Se não assistiu, te convencemos? espero que sim! hahaha

beijos, e até a próxima. ♥

6 Comentários

  1. Primeiramente gostaria de dizer que amei a ideia de colocar três pontos de visto do mesmo filme, muito boa a ideia!
    Esse é um filme que nunca tive uma conclusão se gostei ou não. Acredito que tenha sido porque tinha uma ideia totalmente diferente do enredo do que exatamente é. Mas não se pode dizer que não é um filme que trata um relacionamento de uma forma muito realista.

    http://blogquerida.blogspot.com.br/

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  2. Ai meldels, amei a opinião de vocês ♥
    (500) Dias Com Ela é um dos meus filmes favoritos justamente por causa de tudo que vocês disseram. Tenho até o DVD (se sou a louca dos dvds? Magina)! Filmes assim abrem os olhos das pessoas. Não é porque não deu certo que não valeu a pena.
    Beijos.

    claramenteinsana.com

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  3. Esse blog com mania de me fazer querer ver tudo, ler tudo <3

    Arthur- liternadototal.blogspot.com.br

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  4. Thur, largue tudo o que você está fazendo e vá ver esse filme. É muito bom :)

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  5. Oi Re!!
    Acho que eu sou uma dessas pessoas "iludidas com o felizes para sempre". Quando assisti esse filme pela primeira vez eu fiquei tão irritada, mas tempos depois eu consegui entender a mensagem que ele passa. "Quando um não quer, dois não insistem", dito pela Érica se aplica bem nesse caso e acho que não devemos insistir em algo que, claramente, não vai pra frente. Como o Rodrigo disse, às vezes ficamos cegos e não percebemos coisas importantes a nossa volta.
    Acho que vou assistir esse filme de novo :)
    Beijoss,

    http://versosenotas.blogspot.com.br/

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  6. UM DOS MEUS FILMES FAVORITOS, AMO <3! (500) Dias Com Ela é tão maravilhoso que não consigo me expressar o suficiente. E também já perdi as contas de quantas vezes tive de assistir. Adorei a opinião de cada um e, honestamente, desde a primeira vez em que eu vi o filme, me coloquei no lugar da Summer. Talvez, só talvez, seja porque a personalidade dela era fácil de se associar a como eu mesma me sentia (e ainda sinto). Eu vejo Tom e Summer como um romântico incurável e uma realista, respectivamente. Ela sabe o pior lado, ela sabe que relacionamentos nem sempre dão certo (e acredita que nunca darão, no início), enquanto ele acha que a pessoa com quem está junto, mesmo sem mal a conhecendo, será "the one and only". Esse filme é um choquezinho de realidade em pessoas que são como o Tom. Uma amiga detesta esse filme porque ela é muito nessa de "finais felizes". Ainda com tudo, eu acho que (500) Dias com Ela tem um final feliz. Ou um feliz recomeço, diria.
    Senti vontade de assistir de novo, pela trilhonéssima vez, porque a vida é assim, HAHAHAHAHAHA. <3

    the blue blog | hels

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