Título: The Virgins Suicides
Ano: 1993
Editora: Companhia das Letras
Nota:10
Autora: Jeffrey Eugenides
Sinopse:
Num típico subúrbio dos Estados Unidos nos anos 1970, cinco irmãs adolescentes se matam em sequência e sem motivo plausível. A tragédia, ocorrida no seio de uma família que, em oposição aos efeitos já perceptíveis da revolução sexual, vive sob severas restrições morais e religiosas, é narrada pela voz coletiva e fascinada de um grupo de garotos da vizinhança. O coro lírico que então se forma ajuda a dar um tom sui generis a esta fábula da inocência perdida.
Adaptado ao cinema por Sofia Coppola, publicado em 34 idiomas e agora em nova tradução, o livro de estreia de Jeffrey Eugenides logo se tornou um cult da literatura norte-americana contemporânea. Não por acaso: essa obra de beleza estranha e arrebatadora, definida pela crítica Michiko Kakutani como “pequena e poderosa ópera no formato inesperado de romance”, revela-se ainda hoje em toda a sua atualidade. 


 "As virgens suicidas" foi uma das primeiras obras de Jeffrey Eugenides, e que conta uma história completamente única.

Não é spoiler nem nada, até porque o título e a sinopse já conta que o foco da história são os suicídios das 5 irmãs.

Essa história se passa com a família Lisbon, com as irmãs Therese Lisbon (17 anos), Mary Lisbon (16), Bonnie Lisbon (15), Lux Lisbon (14) e Cecilia Lisbon (13).

 Elas são filhas de um professor de matemática (na qual dá aulas na mesma escola das filhas) e de uma dona de casa.

Aparentemente elas levam uma vida normal, vão à escola, vão à igreja, e vivem nos seus mundinhos (digo assim porque elas eram do tipo que andavam sempre juntas, sem exceção).

O livro ele tem uma narrativa ótima que me surpreendeu, ele é narrado não por uma pessoa, e sim por várias. Não é "escalação" que cada hora alguns dos garotos falam, eles falam todos juntos, é uma voz coletiva. São garotos da mesma vizinhança que elas e da escola, e que já admiravam as garotas, e passaram a amá-las mais ainda depois do suicídio de Cecilia. E é legal observar que depois de anos, eles dizem ainda amá-las, não conseguem esquece-las.

Depois do suicídio da caçula, todos ficam abalados, e então os pais, para não verem as garotas tristes, concedem que elas vão ao baile da escola (eles são super protetores, e não deixam nada). Nesse baile coisas acontecem.

 A história se passa nos anos 70, porém é contado num tempo presente (sem dada), apenas nos dá uma ideia de que aqueles garotos têm em média uns 30 ou 40 anos.

Eles contam o que ocorreu em forma de memórias e entrevistas que eles fizeram agora, e é incrível a sensação que nos trás; ás vezes parece alguma coisa contada para nós, e ás vezes parece como se fosse algo gravado. Exemplo: há partes em que os garotos dizem "Tudo bem, agora coloque tal coisa no lugar para não quebrar" (, e sim, eles colecionam coisas que eram das meninas).

Não é um livro em que a "graça" era saber quem se suicida, porque na real, a "graça" é saber o porquê.

E também não venha na expectativa de ter um propósito esse livro, porque o propósito são vocês quem fazem. O autor coloca vários motivos: se mataram porque proteção demais sufoca tanto que a única liberdade é estar morta, ou se mataram porque elas não queriam mais viver nesse mundo cheio de falhas, ou se mataram porque a única coisa que precisaram era amor ou no caso, Cecilia se matou porque era louca e as outras se mataram por causa do trauma que se sucedeu.

"As virgens suicidas" como título não tem nenhum apelo sexual, é um metáfora que há no livro.

Gostei que o Jeffrey usa os cheiros para mostrar a decadência da família depois que os suicídios começam, e eles se trancam lá, e fica um cheiro horrível, a delicadeza a partir do perfume delas, o jeito de Lux a partir do chiclete de melancia... E é bastante realista, você até consegue sentir.

O livro também foi adaptado para o cinema, E É UMAS DAS PRIMEIRAS ADAPTAÇÕES QUE GOSTEI DE VERDADE.

Conheci tudo a partir do filme, que é uns dos meus amores.

Mas a única coisa que achei que pecaram, é que no livro, tudo bem a Cecilia no começo ter ganhado destaque, e o restante do livro Lux ter ganhado destaque, mas acontece que as outras irmãs tiveram seus momentos também, deixando que descobríssemos sobre cada uma.

No filme isso não ocorre, a destaque todo vai para Lux (tanto é que no trailer só mostra ela). Mas tudo bem, perdoamos, até porque foi uns dos melhores filmes já visto por mim, e eu pretendo ver mais filmes da mesma diretora.

Assistam ao filme, leiam ao livro.


7 Comentários

  1. Já vi o filmes várias vezes e tenho muita vontade de ler o livro. Também percebi que havia uma atenção especial na Lux, que bom que no livro não é assim. E a narração deve ser ótima
    Beijoos,
    setimaondaliteraria.blogspot.com

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  2. Olá,
    Eu quero muito ler esse livro, parece ser ótimo e a história me parece interessante ao extremo. Gostei da resenha e fiquei mais curiosa pelo livro.
    Beijos.
    Memórias de Leitura - memorias-de-leitura.blogspot.com

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  3. Oiee

    Não conhecia essa livro e fiquei bem curiosa para ler pois adoro o tema suicídio então com certeza vou querer ler em breve.

    Beijos

    www.livrosechocolatequente.com.br

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  4. Adorei a sua resenha,vai entrar pra meta de 2015.
    Apesar de que eu não imaginei que esse livro fosse assim,imaginei que fosse algo erótico pelo título,por isso nunca fui buscar conhecer mais.

    livronatica.blogspot.com.br

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  5. Gostei muito de ter encontrado um texto sobre esse livro aqui no blog! Eu ´já tinha visto esse livro sendo citado por uma vlogueira, mas ela acabou não falando muito sobre ele. Achei a bem interessante e meu surpreendi, pois minha primeira impressão quando vi o título As virgens suicidas foi que seria um livro de romance de uma garota que é rejeitada e se mata. Mas agora vi que parece ser algo super profundo e interessante!
    Leitores Forever

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  6. Esse livro já está na minha lista há muito tempo, sua resenha me deixou mais animada para ler.
    [...] Coisas acontecem. Menina do céu, agora tô curiosa pra saber o que acontece nesse baile.
    ótima resenha.
    Beijos!

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